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Informativo eletrônico - Edição 1700 Segunda-Feira, 01 de junho de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado eleva projeção de inflação e de juros em 2015
  • Confiança do setor de serviços recua 1,6% em maio

    Economia Internacional

  • EUA: Revisão do PIB para o primeiro trimestre indica recuo de 0,7%
  • Zona do Euro: Indústria registra expansão em maio

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado eleva projeção de inflação e de juros em 2015

    Na manhã desta segunda (01/06), o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que contém as projeções das mais relevantes variáveis macroeconômicas mercado. Segundo o levantamento atual, o mercado aumentou a queda esperada para o PIB deste ano (de -1,24% para -1,27%), ao passo que para 2016 as projeções permaneceram inalteradas (1,0%).

    Em relação ao IPCA, as expectativas da inflação total aumentaram na transição semanal (de 8,37% para 8,39%), em razão da revisão altista dos preços administrados (de 13,70% para 13,90%). Para 2016, as estimativas da inflação seguem resistentes em 5,50%.

    Por sua vez, as projeções da taxa básica de juros (Selic) chegaram a 14,00% nesta leitura, ante 13,75% na semana passada. A despeito da forte retração da atividade econômica, o mercado ainda acredita em uma posição rígida do Banco Central na tentativa de levar a inflação para o centro da meta no próximo ano. Vale ressaltar que nesta quarta (03/06) será realizada outra reunião do COPOM e uma nova decisão quanto a taxa de juros vigente. Para 2016, o mercado aposta na queda da SELIC para 12,00%. No que tange a taxa de câmbio, as projeções permanecem em R$/US$ 3,20 neste ano e R$/US$ 3,30 em 2016.

    Para o cenário externo, registrou-se uma modesta melhora das expectativas para a Conta Corrente, visto que o déficit esperado diminuiu (de US$ 82,80 bilhões para US$ 83,30 bilhões), resultado este não influenciado pelo superávit comercial, visto que as projeções para a Balança Comercial não se alteraram (US$3,00 bilhões).

    Por fim, a queda projetada para produção industrial segue em 2,80% para 2015, ao passo que para 2016, a estimativa para a atividade do setor chegou a nona semana no patamar positivo de 1,50%.

    Confiança do setor de serviços recua 1,6% em maio

    Na manhã desta segunda-feira (01/06), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o seu Índice de Confiança de Serviços (ICS). Na passagem de abril para maio, na série sem influência sazonal, o índice exibiu redução de 1,6%, anulando parcialmente a alta de 4,2% na última leitura e voltando ao patamar de 84,5 pontos, sendo este o segundo menor nível desde de junho de 2008.

    Na abertura do índice, das doze atividades pesquisadas, sete registraram avaliação negativa. O Índice de Situação Atual (ISA-S) registrou queda de 6,8%, mais que compensando o resultado positivo de abril (0,2%). No sentido contrário, o Índice de Expectativas (IE-S) constatou acréscimo de 1,6%, após já ter exibido alta de 7,0% no mês anterior.

    O declínio do ISA reflete a forte redução no indicador de Situação Atual dos Negócios (-8,9%) e do Volume de Demanda Atual (-4,4%) Por sua vez, as perspectivas positivas do setor para o futuro são explicadas pelo aumento no indicador que mensura a Tendência dos Negócios (2,8%) e do indicador de Demanda Prevista (0,4%).

    Por fim, conforme a instituição, o ganho de confiança registrado em abril não mostrou-se sustentável, dado deterioração da percepção das empresas sobre as condições correntes do setor. Por outro lado, a FGV ainda aponta que a nova alta das expectativas sinaliza alguma redução das incertezas domesticas, principalmente no cenário político.

    EUA: Revisão do PIB para o primeiro trimestre indica recuo de 0,7%

    Na última sexta-feira (29/05) o BEA (Bureau of Economic Analysis) divulgou a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para o primeiro trimestre do ano. Segundo a leitura, já descontadas as influências sazonais, a taxa de variação do PIB do país foi revisada para uma queda de 0,7%, a taxas anualizadas, resultado muito abaixo daquele divulgado na primeira estimativa (alta de 0,2% - Macro Visão 1679). O resultado vem bem abaixo daquele verificado no quarto trimestre de 2014 (2,2%), mas melhor do que o verificado nos três primeiros de igual ano (-2,1%). Vale salientar que a terceira estimativa do PIB para o primeiro trimestre do ano será divulgada no dia 24 de junho.

    Na abertura por componentes do PIB, o Consumo apresentou contribuição de 1,2 p.p. no primeiro trimestre do ano, ante 1,31 p.p. na estimativa anterior. Os gastos com Serviços avançaram 2,5%, ao passo que as despesas com Bens Duráveis registraram alta de 1,1% e as despesas com Bens Não-Duráveis ficou praticamente estável na passagem trimestral (0,1%). Dessa forma, as Despesas com Consumo Pessoal (ou das Famílias) foi revisada de 1,9% para 1,8% na estimativa atual.

    No que tange aos investimentos, verificou-se uma forte revisão, uma vez que sua contribuição passou de 0,34 p.p. para 0,12 p.p. na estimativa atual. Assim, a taxa de crescimento do Investimento Privado (ou FBCF) foi revisada de 2,0% para 0,7% na passagem trimestral.

    Os Gastos do Governo, por sua vez, contribuíram negativamente com 0,20 p.p. no trimestre atual, frente contribuição negativa de 0,15 p.p. na estimativa precedente. A variação dos Gastos do Governo passou, portanto, de -0,8% na primeira leitura para -1,1% na leitura atual, refletindo uma revisão negativa tanto dos gastos federais (de 0,3% para 0,1%) quanto nos gastos estaduais e locais (de -1,5% para -1,8%).

    Já o setor externo registrou forte revisão negativa de sua contribuição na leitura atual (de -1,25 p.p. para -1,90 p.p.), ocasionada pela maior queda das exportações (de -7,2% para -7,6%) e do maior crescimento das importações (de 1,8% para 5,6%) em relação à última estimativa.

    Dessa forma, todos os componentes do PIB registraram revisões negativas na leitura em questão. Entretanto, os indicadores antecedentes da economia (Macro Visão 1695) sinalizam que o resultado negativo da economia registrado no primeiro trimestre do ano tenha sido temporário.

    Zona do Euro: Indústria registra expansão em maio

    Na manhã de hoje (01/06) o Instituto Markit divulgou o Índice de Gerência de Compras (PMI) da Indústria de Transformação da Zona do Euro. No mês de maio, o índice exibiu maior ritmo de expansão do setor, ao passar de 52,0 para 52,2 pontos no mês de abril, na série livre de efeitos sazonais. O resultado prévio sinalizava que o índice alcançaria 52,3 pontos (Macro Visão 1693). Vale salientar que índices acima da marca de 50,0 pontos sinalizam expansão da atividade industrial na região.

    Dentre os países analisados, destaque para o resultado da Espanha, cujo índice de 55,8 pontos encontra-se no maior nível em oito anos. De maneira análoga, também foi registrada expansão da atividade do setor nos Países Baixos (55,5 pontos), na Itália (54,8 pontos e na Áustria (50,3 pontos).

    Já a Alemanha apresentou menor ritmo de expansão (de 52,1 pontos para 51,1 pontos), mas mantendo-se acima da marca dos 50,0 pontos. A França, por sua vez, voltou a exibir contração (de 48,0 pontos para 49,4 pontos), embora em menor intensidade e aproxima-se do nível de estabilidade.

    Segundo economista chefe do instituto, apesar dos índices permanecer abaixo da prévia estimada, a Zona do Euro registra um momento de expansão de sua indústria de transformação, sinalizando um crescimento de aproximadamente 0,5% na indústria no segundo trimestre do ano e contribuindo para um melhor resultado do PIB no trimestre em questão.

     
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