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Informativo eletrônico - Edição 1703 Segunda-Feira, 08 de junho de 2015
 

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Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para Inflação em 2015 já atingem 8,46%

    Economia Internacional

  • EUA: Apesar de aumento do desemprego, mercado de trabalho melhora em maio
  • Alemanha: Produção industrial avança 0,9% em abril
  • Markit: Mercados Emergentes registram desaceleração em maio

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para Inflação em 2015 já atingem 8,46%

    Na manhã de hoje (08/06), o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que contém as projeções do mercado para as mais importantes variáveis macroeconômicas. A despeito da divulgação do PIB do 1º Trimestre, as projeções para o produto interno brasileiro em 2015 sofreram ligeiro ajuste altista nesta leitura (de 1,27% para 1,30%), além de permanecer pela oitava semana em 1,00% para o próximo ano.

    Quanto a inflação, as expectativas para o IPCA no fechamento de 2015 voltaram a crescer, chegando a 8,46%, ante 8,39% na leitura anterior. Para tal movimento, tivemos nova contribuição positiva dos ajustes nas projeções dos preços administrados (de 13,90% para 13,94%). Já para o ano de 2016, mesmo com a alta da taxa SELIC na última quarta-feira (03/06), as expectativas para a inflação permaneceram em 5,50%.

    Como citado anteriormente, o ajuste altista da taxa básica de juros (SELIC) na última reunião do COPOM (de 13,25% para 13,75%) era esperado pelo mercado, que já "precifica" mais uma elevação, visto que as projeções do FOCUS encontram-se em 14,00% para o fim de 2015. Tais expectativas estarão melhor ancoradas após a divulgação da Ata do COPOM nesta quinta-feira (11/06), onde o Banco Central deixara mais explicito o seu guidance (ou seja, deixará mais explicito qual sua avaliação do cenário atual e para os próximos meses). Para o próximo ano, o mercado aposta em um afrouxamento da política monetária (visto que as projeções da SELIC em 2016 estão em 12,00%). Quanto a taxa de câmbio, as projeções não se alteraram, sendo R$/US$ 3,20 ao fim deste ano e R$/US$ 3,30 em 2016.

    Por sua vez, as projeções para o setor externo de 2015 mostram importantes mudanças. O déficit esperado para a Conta Corrente voltou a aumentar (de US$ 83,30 bilhões para US$ 84,10 bilhões), mesmo com uma forte revisão altista do ingresso de Investimento Direto no País (antigo IED), de US$ 59,0 bilhões a quatro semanas para US$ 67,5 bilhões nesta leitura. Por outro lado, o superávit da Balança Comercial voltou a subir (US$ 3,00 bilhões para US$ 3,10 bilhões).

    Por fim, forte destaque negativo para as expectativas de produção industrial neste ano, cuja projeção de queda aumento de 2,80% para 3,20% na passagem semanal, após a divulgação da PIM-PF de abril (-1,2%) na última terça-feira (02/06). Para 2016, a produção do setor deve crescer 1,50%.

    EUA: Apesar de aumento do desemprego, mercado de trabalho melhora em maio

    Na última sexta-feira (05/06) a BLS (Bureau of Labor Statistics), órgão estatístico americano, divulgou os resultados para o mercado de trabalho dos Estados Unidos do mês de maio. Conforme o relatório, a taxa de desemprego subiu ligeiramente de 5,4% para 5,5% no quinto mês do ano.

    Tal movimento é explicado, exclusivamente, pelo aumento da taxa de participação no período em questão (62,8% para 62,9%), visto que foram geradas 280 mil novas vagas (o chamado payroll) em maio, ficando acima do resultado esperado pelo mercado (cerca de 226 mil) e da média mensal do primeiro trimestre (195 mil).

    Na abertura por gênero, verificou-se equidade da taxa de desemprego entre homens e mulheres (ambos em 5,0%). Já na abertura por grupos e etnias, destaque para o elevado patamar de desemprego dos jovens (17,9%), negros (10,2%) e hispânicos (6,7%), ao passo que os asiáticos (4,1%) registram taxa abaixo da média nacional.

    Vale lembrar também que na última quarta-feira (03/06) o instituto ADP dos Estados Unidos divulgou os dados relativos ao emprego do setor privado do país. Na passagem de abril para maio, já expurgados os efeitos sazonais, estima-se que foram criadas 201 mil novas vagas no setor privado, acima do registrado no mês anterior (165 mil vagas).

    Na comparação com o resultado constatado pelo BLS, verifica-se nova divergência, uma vez que este registrou o incremento de 262 mil novas vagas no setor privado, acima do resultado da ADP. Entretanto, vale salientar que a tendência entre as duas séries se mantém.

    Por fim, o bom resultado do mercado de trabalho de maio reforça a leitura de que os resultados fracos do primeiro trimestre tinham caráter pontual e passageiro, assim como apontado pelo próprio FED (Banco Central Americano), dando forças as apostas da normalização da política monetária americana, com o aumento de juros do país, no segundo semestre deste ano.

    Alemanha: Produção industrial avança 0,9% em abril

    O Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou na manhã de hoje (08/06) o resultado da produção industrial do país em abril. Nesta leitura, já descontadas as influências sazonais, o setor registrou aumento de 0,9% em sua produção, ante queda de 0,4% no mês de março. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 1,4%.

    Destaca-se o avanço de 1,5% na produção de bens de capital, seguido pelos avanços na produção de energia (1,4%), construção (1,3%) e bens intermediários (0,7%). Por outro lado, foi constatada retração de 0,9% na produção de bens de consumo.

    Por fim, o aumento já era previsto pelos resultados das novas encomendas à indústria de transformação em abril (1,4%), divulgados na última sexta-feira (05/06), explicado pela maior demanda do setor externo (5,5%), ao passo que as encomendas internas recuaram (-3,8%).

    Markit: Mercados Emergentes registram desaceleração em maio

    Na última quinta-feira (04/06) o HSBC/Markit divulgou o Índice de Mercados Emergentes (EMI), cujos resultados derivam dos PMI compostos dos países do grupo em questão. O EMI recuou para 50,7 pontos no mês de maio, frente 51,3 pontos na leitura do mês anterior, chegando ao menor patamar desde maio de 2014. Vale ressaltar que, pelo fato de estar acima dos 50,0 pontos, o índice ainda sinaliza crescimento da atividade econômica deste grupo.

    Dentre as quatro principais economias que o compõem, destaque para a Rússia, cujo índice alcançou o patamar de 51,6 pontos em maio, indicando maior ritmo de alta após deixar o cenário contracionista em abril (de 47,1 pontos para 50,8 pontos). Já a China (Macro Visão 1702) e a Índia permanecem ambas com 51,2 pontos, sinalizando menor ritmo de crescimento. O Brasil, por sua vez, apresentou contração de maior intensidade em sua atividade (de 44,2 pontos para 42,9 pontos), em linha com a deterioração recente dos principais indicadores domésticos.

    Por fim, de acordo com economista-chefe responsável pela pesquisa, o recente enfraquecimento das economias emergentes se deve, em parte, ao arrefecimento do comércio global, que afetou a indústria de transformação negativamente, além da fraca demanda e do cenário pessimista no mercado de trabalho. No que tange ao Brasil, o relatório desataca que a economia do país apresenta seu pior desempenho dos últimos seis anos, com altas taxas de inflação e expressivas taxas de juros.

     
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