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Informativo eletrônico - Edição 1702 Quarta-Feira, 03 de junho de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Taxa de desemprego chega a 8,0% em abril

    Economia Internacional

  • OCDE: Dentre 42 países, apenas Rússia e Brasil devem enfrentar recessão em 2015
  • Zona do Euro: Atividade econômica desacelera em maio
  • China: Economia registra nova desaceleração em maio

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Taxa de desemprego chega a 8,0% em abril

    Na manhã de hoje (03/06) o IBGE divulgou os resultados da PNAD Continua mensal, que contém os dados do mercado de trabalho (abrangendo mais regiões que a PME) para o trimestre findado em abril. Conforme a leitura atual, a taxa de desemprego passou de 7,9% para 8,0% entre o trimestre findo em março para aquele encerrado no quarto mês do ano. O aumento do desemprego também fica mais evidenciado quando se comparado ao resultado de abril de 2014, quando a taxa se encontrava em 7,1%. O patamar atual é o maior desde o início da pesquisa, em 2012.

    O forte crescimento desta taxa na comparação interanual se dá pelo fato que, entre abril de 2014 e de 2015, verificou-se aumento de 1,6 milhões de pessoas no mercado de trabalho, sendo que desse total apenas 629 mil conseguiram alguma ocupação e as demais (985 mil) seguem procurando emprego. Ainda na passagem interanual, destaque para o aumento das ocupações nos Serviços prestados às empresas (659 mil) e Educação, saúde humana e serviços sociais (661 mil), ao passo que a Construção Civil (-610 mil) e a Administração pública (-561 mil) registraram as maiores quedas.

    O rendimento médio real recuou 0,4% frente a igual período de 2014, após ter exibido estabilidade em março (0,0%). Na abertura por setor, destaque para a forte deterioração nos rendimentos da Construção Civil (-6,6%), Transporte, armazenagem e correio (-2,4%) e na Industria (-0,4%).

    Por fim, o resultado atual demonstra a fraqueza que o mercado de trabalho vem apresentando nas ultimas leituras dos principais indicadores, em linha com a queda da atividade econômica e devendo impactar ainda mais a confiança do consumidor e o consumo das famílias. Nesta leitura, o grande destaque negativo ficou com a Construção Civil, setor que sofre com elevados índices de estoque e com o menor acesso ao crédito.

    OCDE: Dentre 42 países, apenas Rússia e Brasil devem enfrentar recessão em 2015

    Na manhã de hoje (03/06) a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou as suas novas projeções referentes às taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) das principais (40) economias do mundo através de seu mais recente relatório de Panorama Econômico. De acordo com a leitura atual, estima-se que em 2015 o crescimento médio mundial seja de 3,1%, acelerando para 3,8% em 2016. Vale salientar que dentre os 42 países abrangidos pela pesquisa, somente o Brasil (-0,8%) e a Rússia (-3,1%) deverão registrar contração da economia em 2015.

    Por sua vez, a estimativa de crescimento dos Estados Unidos chegou a 2,0% neste ano e de 2,8% em 2016. Já o Canadá, deverá constatar avanços em sua economia no patamar de 1,5% e 2,3% nos anos de 2015 e 2016, respectivamente. O Reino Unido deverá crescer, neste ano, 2,4%, desacelerando levemente sua taxa de crescimento em 2016 (2,3%).

    A Zone do Euro, segundo as mais recentes projeções da OCDE, crescerá 1,4% em 2015 e 2,1% em 2016, sinalizando a consistente recuperação econômica da região. Dentre os principais países do bloco, a Alemanha deverá crescer 1,6% neste ano, seguida pela França (1,1%) e Itália (0,6%). Para 2016, as perspectivas de crescimento para tais países são de 2,3%, 1,7% e 1,5%, respectivamente.

    No que tange aos países emergentes, espera-se que a economia brasileira recue 0,8% em 2015, mas apresente avanço de 1,1% em 2016. A China aponta arrefecimento de sua economia, exibindo taxas de crescimento de 6,8% em 2015 e de 6,7% em 2016 através das estimativas da instituição. A Índia, por outro lado, exprime alta de 6,9% em 2015, acelerando para 7,6% em 2016. Já as projeções referentes à Rússia indicam retração de 3,1% em 2015, seguido de uma leve recuperação em 2016 (0,8%).

    Zona do Euro: Atividade econômica desacelera em maio

    O Instituto Markit divulgou hoje (03/06) o resultado do Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto da Zona do Euro. No mês de maio, a atividade econômica registrou desaceleração em maio, visto que seu indicador composto passou de 53,9 para 53,6 pontos. Apesar da recente queda, o índice permaneceu acima da prévia estimada pelo instituto (Macro Visão 1693), além de manter-se acima dos 50,0 pontos, ainda sinalizando expansão da atividade da região.

    Dentre os componentes do índice, o PMI da Indústria de Transformação aceleração do crescimento (de 52,0 pontos em abril para 52,2 pontos em maio; conforme já apontado no Macro Visão 1700). Portanto, a piora no resultado composto reflete o menor desempenho do PMI do setor de Serviços, que passou de 54,1 pontos em abril para 53,8 pontos em maio.

    Dentre os países-membros do bloco, destaque para o índice composto da Espanha, que apesar da queda na passagem mensal, mantém-se acima da linha de estabilidade (58,3 pontos), seguido por Itália (53,7 pontos), Alemanha (52,6 pontos) e França (52,0 pontos).

    De acordo com economista-chefe do instituto Markit, a recuperação econômica da Zona do Euro registrou algum arrefecimento no mês em questão, tendo em vista que as famílias e a indústria de transformação beneficiam-se dos baixos níveis de inflação, ao passo que o alto índice de desemprego da região limita os gastos em bens e serviços. Assim, com os estímulos realizados pelo Banco Central Europeu (BCE) e os resultados ainda expansionistas do PMI composto, existem chances da Zona do Euro crescer cerca de 2,0% em 2015, mas o possível aumento dos preços do petróleo ou imprevistos relacionados à Grécia podem vir a causar revisões baixistas dentro dos próximos meses.

    China: Economia registra nova desaceleração em maio

    Na manhã de hoje (03/06), o Instituto Markit divulgou os resultados do PMI (Índice de Gerência de Compras) Composto da China para o mês de maio. Conforme o relatório, a atividade econômica chinesa registrou nova desaceleração na passagem de abril para maio (de 51,3 para 51,2 pontos). Tal situação reflete o menor crescimento da atividade industrial (de 48,9 para 49,2 pontos), ao passo que o setor de serviços (de 52,9 para 53,5 pontos) atingiu o melhor desempenho dos últimos oito meses. A despeito do resultado, pelo fato do índice permanecer acima dos 50,0 pontos, a atividade do país completa o decimo terceiro mês seguido de expansão.

    O declínio nos novos negócios e do emprego industrial impactaram negativamente a formação do índice nesta leitura, apesar do bom desempenho do setor de serviços, que registrou acréscimo no nível de novos pedidos (influência positiva da menor inflação e aumento da folha salarial).

    Por fim, segundo a Markit, o arrefecimento da atividade chinesa, sobretudo industrial, continua chamando atenção para as dificuldades que o país terá de enfrentar para alcançar sua meta de crescimento no ano (7,0%), fortalecendo as apostas quanto a adoção de novas medidas de estímulos.

     
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