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Informativo eletrônico - Edição 1704 Terça-Feira, 09 de junho de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recuou de forma disseminada entre as regiões no mês de abril
  • IGP-DI volta a desacelerar em maio
  • Anfavea: Produção de veículos registra quarta queda seguida

    Economia Internacional

  • OCDE: Atividade econômica dos países desenvolvidos fica estável em abril

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial recuou de forma disseminada entre as regiões no mês de abril

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (09/06) os resultados regionais da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF). Na leitura referente ao mês de abril, já descontadas as influências sazonais, verificou-se que a queda de 1,2% da produção industrial brasileira entre março e abril foi disseminada, tendo em vista que 13 das 14 regiões abrangidas pela pesquisa exibiram resultados negativos na passagem mensal.

    Dentre as variações negativas, já expurgados os efeitos sazonais, nove apresentaram retração mais intensa que a média nacional (-1,2%), sendo as mais expressivas registradas no Ceará (-7,9%), seguido por Bahia (-5,1%), Amazonas (-5,1%) e Pernambuco (-4,6%). Apenas o Paraná registrou variação positiva neste mês (1,4%). Por sua vez, São Paulo, região com maior peso no índice, exibiu contração de 3,6% na passagem de março para abril, pouco abaixo do projetado pelo Depecon/FIESP (-4,0%).

    No acumulado do ano até abril, frente mesmo período do ano anterior, a indústria brasileira registrou queda de 6,3%, a qual mostrou-se disseminada por 12 das 15 regiões avaliadas, sendo que nove exibiram recuos mais intensos que a média do país. Dentre as quedas, destaca-se a indústria do Amazonas (-18,2%), cuja principal influência negativa adveio da menor produção do setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-38,3%). Também registraram fortes retrações nessa base comparativa as seguintes regiões: Bahia (-12,3%); Paraná (-8,5%); Ceará (-8,2%); Rio Grande do Sul (-8,1%); Minas Gerais (-7,7%); Nordeste (-7,1%); São Paulo (-7,1%); e Santa Catarina (-6,7%). Por outro lado, foi registrada elevação de 19,2% no Espírito Santo, impactado positivamente pelos avanços do setor extrativo (30,5%) e de metalurgia (35,3%), além dos resultados positivos verificados no Pará (8,0%) e Mato Grosso (0,6%).

    No que tange à indústria paulista, a queda de 3,6% na passagem mensal, livre de efeitos sazonais, sinaliza aceleração frente a queda de 1,6% registrada no mês de março. Esse é o terceiro resultado negativo consecutivo nessa métrica, de maneira que, no período, acumulou-se perda de 5,5%, na base dessazonalizada. Na comparação com o mês de abril de 2014, constatou-se retração de 11,3%, o décimo quarto resultado negativo nesta métrica, ao passo que no acumulado em doze meses, a queda foi de 6,9%.

    Por fim, no acumulado nos primeiros quatro meses do ano, frente mesmo período do ano precedente, a contração de 7,1% na indústria de São Paulo ocorreu devido à queda na produção de 16 das 18 atividades abrangidas pela pesquisa na região. Dentre as principais influências negativas, destaque para o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,5%), seguido pelo resultado negativo na produção de máquinas e equipamentos (-11,2%), produtos alimentícios (-7,9%) e de outros produtos químicos (-7,5%).

    IGP-DI volta a desacelerar em maio

    Na manhã de hoje (09/06) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços- Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente ao mês de maio. Nesta leitura, o IGP-DI registrou alta de 0,40%, desaceleração frente ao resultado de abril (0,92%), mas acima da deflação verificada em maio de 2014 (-0,45%). Com o resultado, o índice já acumula 4,83% de alta em doze meses. O menor crescimento dos preços no quinto mês do ano sofre forte influência dos preços ao produtor, sobretudo agropecuários.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) – responsável por 60% do IGP-DI – avançou 0,19% no mês em questão, forte decréscimo ante a taxa de 1,11% verificada no mês de abril. Na abertura por estágios de processamento, destaque para o menor crescimento dos preços dos Bens Finais (de 1,07% para 0,47%) e Intermediários (de 1,62% para 0,51%), influenciados pelos resultados dos alimentos processados, no primeiro grupo, e pelos combustíveis e lubrificantes para a produção no segundo. Além destes, o grupo das Matérias-Primas Brutas apontou deflação em maio (de 0,54% para -0,58%), com contribuições negativas dos preços dos bovinos (2,35% para -0,08%), do milho (-2,60% para -7,61%) e do café (1,45% para -4,29%).

    Já na abertura do IPA-DI por origem de processamento, o resultado do mês de abril é reflexo da forte deflação dos produtos agropecuários (de 0,03% para -1,15%), ao passo que produtos industriais (de 1,54% para 0,71%) exibiram desaceleração.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – responsável por 30% do IGP-DI – variou 0,72% no mês atual, ante 0,61% no mês precedente. Dentre as oito classes de despesa abrangidas pela pesquisa, cinco exibiram aceleração, sendo elas: Habitação (de 0,57% para 0,81%), Vestuário (de 0,76% para 0,86%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,14% para 0,40%), Transportes (de 0,05% para 0,09%) e Despesas Diversas (de 0,61% para 2,67%). Por sua vez, os Alimentação (de 0,86% para 0,82%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,37% para 1,21%) exibiram menor crescimento dos preços, ao passo que Comunicação (de 0,07% para -0,07%) registrou a única deflação em maio.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) – responsável por 10% do IGP-DI – acelerou de 0,46% para 0,95% na passagem de abril para maio, com forte influência no aumento dos custos com Mão de Obra (de 0,11% para 1,18%), enquanto que os custos com Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,84% para 0,70%) exibiram menor crescimento nesta leitura.

    Anfavea: Produção de veículos registra quarta queda seguida

    Nesta segunda-feira (08/06) foi apresentado pela ANFAVEA os resultados da produção de autoveículos no mês de maio. Conforme a instituição, a produção recuou 5,5% na passagem do quarto para o quinto mês do ano, já expurgados os efeitos sazonais. Com o resultado, a retração no acumulado de janeiro a maio já chega a 19,2% na fabricação de veículos.

    A leitura é explicada pelo recuo registrado na maioria dos segmentos que compõe o setor automotivo, com destaque para a forte queda na produção de comerciais Leves (- 31,1%), seguido pela de caminhões (-7,9%), e, em menor intensidade, automóveis (-0,9%). Por outro lado, verificou-se crescimento na fabricação de ônibus e máquinas agrícolas (5,0% e 3,1%, respectivamente). No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, identifica-se forte recuo em todas as modalidades: caminhões (-46,4%); ônibus (-27,6%); máquinas Agrícolas (-23,0%); automóveis (-17,9%); e comerciais Leves (-15,4%).

    Por sua vez, a ANFAVEA também estimou queda de 0,7% nas vendas em maio, já expurgados os efeitos sazonais, em virtude de um forte declínio no comercio de produtos importados (-3,6%) e dos produtos nacionais (-0,8%). A despeito da queda nas vendas e da produção, verificou-se um ajuste no nível dos estoques no mês em questão (-1,1%), mas permanece indesejavelmente alta a capacidade dos estoques de suprir as vendas (46 dias seguidos, no caso hipotético da interrupção da produção).

    Ademais, o cenário de arrefecimento do mercado de trabalho, o elevado nível de endividamento das famílias, alta taxa de juros e baixa disponibilidade de crédito, dificultam a recuperação do setor automotivo nos próximos meses, que já registram elevados estoques.

    OCDE: Atividade econômica dos países desenvolvidos fica estável em abril

    A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou ontem (08/06) seu Indicador Antecedente de Atividade Econômica (Composite Leading Indicator – CLI). Na leitura referente ao mês de abril, o indicador agregado dos países-membros da OCDE permaneceu em 100,1 pontos, sinalizando praticamente estabilidade. Vale salientar que índices acima de 100,0 pontos sinalizam uma tendência positiva de atividade econômica.

    Na abertura dos principais países desenvolvidos, o índice referente aos Estados Unidos apresentou nova queda (de 99,7 pontos para 99,5 pontos), mostrando um novo arrefecimento no início deste segundo trimestre, diferentemente do que se esperava (aposta-se que o fraco desempenho no primeiro trimestre era transitório). Já o índice referente ao Reino Unido encontra-se em 100,0 pontos, indicando, portanto, estabilidade. De maneira análoga, o Japão também demonstrou estabilidade em abril (100,0 pontos).

    No que tange à Zona do Euro, o CLI permanece indicando uma tendência positiva de atividade econômica (100,7 pontos). Dentre os principais países da região, a Alemanha registrou 99,9 pontos e aproximando-se novamente dos 100 pontos. Já a França e a Itália permanecem em tendência ascendente, apresentando índices em 100,8 e 101,0 pontos, respectivamente.

    Uma vez que a OCDE também calcula o CLI para os BRICS (que não fazem parte da organização), vale destacar o índice relativo ao Brasil, que apresenta tendência decrescente, chegando ao nível de 99,0 pontos no mês em questão, em linha com o resultado negativo que tem sido verificado no início deste ano (Macro Visão 1699). Já a China apresentou nova queda na passagem mensal, chegando ao patamar de 97,5 pontos, conforme a recente desaceleração econômica enfrentada pelo país. O índice para a Rússia, por sua vez, permanece em 99,6 pontos, mas vem mostrando ascensão nas ultimas leitura, ao passo que a África do Sul segue em trajetória cadente, chegando a 99,5 pontos, registra tendência de queda. Por fim, o índice referente a Índia mantém-se em 99,0 pela nona leitura consecutiva.

     
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