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Informativo eletrônico - Edição 1699 Sexta-Feira, 29 de maio de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PIB recua 0,2% no primeiro trimestre do ano
  • FIESP: Nível de atividade da indústria paulista recua 3,0% em abril

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • PIB recua 0,2% no primeiro trimestre do ano

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (29/05) os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) relativos ao primeiro trimestre de 2015. Conforme a instituição, na passagem do quarto trimestre de 2014 para os primeiros três meses de 2015, livre de influências sazonais, o PIB a preços de mercado apresentou queda de 0,2%, surpreendendo as projeções realizadas pelo Depecon/FIESP (-0,5%) e pelo mercado (-0,5%). Tal queda ocorre após alta de 0,3% no trimestre anterior.

    Em relação ao mesmo trimestre de 2014, foi registrada retração de 1,6% no primeiro trimestre do ano. Já na variação acumulada dos últimos quatro trimestres, verificou-se que a taxa de crescimento do PIB passou de 0,1% no quarto trimestre de 2014 para -0,9% no trimestre atual.

    No que tange à Ótica da Oferta na passagem trimestral, já descontados os efeitos sazonais, destaque para a aceleração exibida pela Agropecuária, cuja alta passou de 1,8% no quarto trimestre de 2014 para 4,7% no trimestre atual, reflexo, principalmente, da maior produção de soja no período em questão. O setor de Serviços, por sua vez, apresentou queda de 0,7% no primeiro trimestre do ano, ante alta de 0,2% no trimestre anterior. Destaque para as contribuições negativas dos subsetores mais ligados ao ciclo da atividade econômica como Transporte, Armazenagem e Correio (-2,1%) e Comércio (-0,4%). No mais, o setor tem exibido desaceleração nos últimos trimestres, conforme já antecipado pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE (Macro Visão 1692).

    Ainda na Ótica da Oferta, a Indústria recuou 0,3% no período, desacelerando frente a retração constatada no trimestre precedente (-0,4%), sendo esta queda inferior ao registrado no pela PIM-PF em igual período (-2,4%; Macro Visão 1682).

    Dentre os segmentos da indústria, destaca-se a alta de 3,3% registrada pela Indústria Extrativa, em linha com a maior produção de minério, ao passo que a Construção Civil exibiu crescimento de 1,1%. Já os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) exibiram queda de 4,3% no primeiro trimestre deste ano, anulando, assim, a alta de 1,8% registrada na última leitura trimestral, refletindo o menor consumo de energia elétrica.

    Por sua vez, a Indústria de Transformação registrou queda de 1,6% na passagem trimestral, chegando a sexta retração em sete trimestres. Vale ressaltar que na comparação com o mesmo período de 2014, o PIB da Indústria de Transformação recuou 7,0%, variação explicada, em grande parte, pelo fraco desempenho dos setores de veículos automotivos, máquinas e equipamentos.

    Pela Ótica da Demanda, o principal resultado negativo adveio do Consumo das Famílias (-1,5%), que exibiu a pior taxa de variação desde o quarto trimestre de 2008 (-2,1%). Tal contração pode ser explicada pelas expressivas quedas na confiança do consumidor e no recente arrefecimento registrado no mercado de trabalho, intensificando a deterioração do poder de compra destes. Já o Consumo do Governo apresentou retração de 1,5% no trimestre em questão, anulando o resultado positivo do último trimestre (1,1%).

    Continuando na Ótica da Demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo exibiu nova retração no trimestre em questão ( -1,3%), chegando a sétima queda consecutiva deste componente. O resultado negativo já era esperado, dado que, dentre os resultados da PIM-PF, a produção de bens de capital (-6,3%) e dos insumos típicos da construção civil (-1,8%) diminuíram fortemente no primeiro trimestre. Cabe ressaltar também os resultados deprimidos da confiança da indústria e dos elevados patamares de juros.

    Já em se tratando do setor externo, verificou-se alta de 5,7% nas Exportações, após quatro trimestres consecutivos de queda. Vale salientar que foi feita uma forte revisão nos dados das exportações, principalmente em relação ao quarto trimestre de 2014 (de -12,3% para -4,4%). Já as Importações, por sua vez, registraram avanço de 1,2% no trimestre atual, ante queda de 4,9% no trimestre anterior.

    A queda do PIB no primeiro trimestre teve importante contribuição negativa dos resultados da indústria e de serviços, no lado da oferta, e do consumo das famílias e dos investimentos, pela ótica de demanda. O resultado reflete o momento de ajuste que o país está passando. Por fim, os dados já disponíveis sinalizam uma queda de maior intensidade para segundo trimestre, visto os fracos resultados do mercado de trabalho em abril (divulgados pelo CAGED), as novas quedas em variáveis setoriais (como a produção de veículos), maior pressão inflacionaria, menor concessão de crédito, além dos patamares historicamente deprimidos alcançados pela confiança dos empresários e dos consumidores.

    FIESP: Nível de atividade da indústria paulista recua 3,0% em abril

    Conforme os dados divulgados ontem (28/05), pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o Indicador de Nível de Atividade (INA) registrou queda de 3,0% em abril, frente ao resultado de março, já considerados os ajustes sazonais. No mês anterior, o indicador já havia recuado 1,9%, sendo que no acumulado do ano até esta quarta leitura, a atividade da indústria paulista já acumula perda de 2,4%, e em doze meses a queda é de 4,5%.

    Na abertura das variáveis do levantamento de conjuntura, destaque para a forte queda das Vendas Reais no mês de abril (-6,3%), ao passo que as Horas Trabalhadas na Produção caíram 1,5% e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) cresceu 0,2 p.p.

    Em suma, a atividade industrial paulista, medida pelo INA, iniciou o segundo trimestre com queda. O ambiente econômico doméstico mostra deterioração dos fundamentos, com elevação dos custos, aumento dos juros e aperto fiscal. Refletindo esses vetores negativos, a confiança do empresário industrial segue na trajetória de queda, sinalizando manutenção do quadro de baixo dinamismo da indústria de transformação nos próximos meses.

     
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