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Informativo eletrônico - Edição 1724 Terça-Feira, 07 de julho de 2015
 

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Economia Brasileira

  • IGP-DI volta a acelerar em junho
  • Produção de veículos recua 12,9% no segundo trimestre

    Economia Internacional

  • EUA: Setor de serviços mantém-se em expansão no mês de junho
  • Alemanha: Produção industrial permanece estável em maio

    Dados da Economia Brasileira

  • IGP-DI volta a acelerar em junho

    Hoje (07/07) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). No mês de junho, o índice registrou alta de 0,68%, acelerando frente o registrado no mês anterior (0,40%) e divergindo da deflação verificada no mesmo mês do ano precedente (-0,63%). Dessa maneira, o índice acumula alta de 4,50% no primeiro semestre do ano, ao passo que, no acumulado em doze meses, o índice apresentou variação de 6,22%. O resultado atual se dá, principalmente, pela alta dos preços ao produtor.

    O Índice de Preços ao Produtos Amplo (IPA) – que corresponde a 60% do IGP-DI – exibiu variação de 0,43% no mês atual, frente alta de 0,19% no mês anterior. Na abertura por estágios de processamento, destaque para o grupo das Matérias-Primas Brutas, que avançou 0,92% no mês atual após registrar deflação de 0,58% em maio, sendo as principais contribuições positivas advindas de soja em grão (de -2,59% para 0,89%), aves (de -3,44% para 4,77%) e milho em grão (de -7,61% para -2,55%). Por outro lado, houve desaceleração dos preços dos Bens Finais (de 0,47% para 0,34%) e Bens Intermediários (de 0,51% para 0,15%), reflexo dos impactos de bens de investimento no primeiro grupo (de 0,88% para 0,42%) e de materiais e componentes para a manufatura no segundo grupo (de 0,76% para -0,21%).

    Na abertura por estágio do processamento do IPA, o resultado atual é reflexo da inflação dos produtos agropecuários (de -1,15% para 0,15%), enquanto que os produtos industriais exibiram nova desaceleração (de 0,71% para 0,54%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que corresponde a 30% do IGP-DI – exibiu aceleração no mês atual (de 0,72% para 0,82%). Dentre as oito classes de despesa, cinco apresentaram aceleração do nível de inflação na passagem mensal, sendo elas: Transportes (de 0,09% para 0,39%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,40% para 0,87%); Habitação (de 0,81% para 0,88%); Alimentação (de 0,82% para 0,88%); e Despesas Diversas (de 2,67% para 3,70%). Por outro lado, duas classes registraram desaceleração no mês de junho: Vestuário (de 0,86% para 0,48%); e Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,21% para 0,67%). Já a classe de Comunicação (de -0,07% para 0,47%) voltou a exibir inflação no mês em questão.

    No mais, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – que corresponde a 10% do IGP-DI – apresentou forte aceleração no mês atual (de 0,95% para 1,84%), reflexo do aumento dos custos com Mão de Obra (de 1,18% para 3,28%). Já os custos com Materiais, Equipamentos e Serviços exibiram desaceleração na leitura atual (de 0,70% para 0,23%).

    Produção de veículos recua 12,9% no segundo trimestre

    Nesta segunda-feira (06/07) a ANFAVEA divulgou os resultados da produção de veículos no sexto mês do ano. Segundo as estimativas, a produção diminuiu 5,0% na passagem de maio para junho, após ajustes sazonais, completando o nono mês seguido de retração. O resultado vem após uma queda de 5,4% em maio e de 3,8% em abril, o que leva uma retração de 12,9% na produção de veículos no segundo trimestre do ano.

    O péssimo resultado de junho foi explicado pela menor produção de Automóveis (6,4%), Ônibus (-16,0%) e Caminhões (-14,5%), ao passo que a produção de Comerciais Leves cresceu no período (10,7%, incapaz de recuperar a queda de 22,1% de maio). Vale ressaltar que o mês de junho foi marcado pela paralização (os chamados layoffs) de diversas montadoras. Em termos trimestrais, todas as categorias mostraram retração.

    Por sua vez, no acumulado do ano – de janeiro a junho – a fabricação de veículos já registra queda de 18,6% em relação a igual período do ano passado, com a produção de caminhões se reduzindo praticamente a metade (-45,2%), e a de automóveis mostrando as maiores perdas unitárias (-17,2%, o que representa cerca de 214 mil veículos a menos, lembrando que a média mensal de produção em um ano é de 208 mil veículos).

    Por fim, a continuidade dos resultados negativos nesse mês de junho ganhou força com as paralizações das montadoras no período, reforçando uma fraca atividade industrial para o sexto mês do ano (dada o grande encadeamento do setor) e para o segundo trimestre como um todo.

    EUA: Setor de serviços mantém-se em expansão no mês de junho

    O Instituto Markit divulgou ontem (06/07) o Índice de Gerência de Compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos. Na leitura referente ao mês de junho, já descontadas as influências sazonais, o índice registrou menor ritmo de expansão ao passar de 56,2 pontos em maio para 54,8 pontos em junho. Apesar desse ser o vigésimo mês consecutivo que o índice exibe crescimento, este encontra-se abaixo da média histórica da série iniciada em meados de 2009 (55,8 pontos). Vale ressaltar que leituras acima de 50,0 pontos sinalizam expansão da atividade do setor de serviços.

    Já o PMI Composto do país, que é formado pelos índices de serviços e da indústria de transformação (de 54,0 pontos em maio para 53,6 pontos em junho), recuou na passagem mensal (de 56,0 pontos para 54,6 pontos), sinalizando desaceleração do ritmo de expansão da atividade econômica do país.

    Também foi divulgado ontem (07/07) pelo Institute for Supply Management (ISM) o indicador ISM dos Estados Unidos para o setor de serviços. O resultado mostrou-se divergente do constatado pela Markit, uma vez que o índice apresentou aceleração do ritmo expansivo da atividade do setor na passagem de maio para junho ao chegar a 56,0 pontos, ante 55,7 pontos no mês anterior.

    Tal resultado pode ser compreendido como reflexo alta entre os meses de maio e junho dos indicadores de produção (de 59,5 pontos para 61,5 pontos), novos pedidos (de 57,9 pontos para 58,3 pontos) e entrega de fornecedores (de 50,0 pontos para 51,5 pontos).

    Dessa forma, os dois indicadores sinalizam continuidade de crescimento do setor de serviços americanos, embora em ritmos diferentes. Tal resultado reforça as expectativas dos economistas da Markit quanto a um avanço de 3,0% do PIB da economia norte americana no segundo trimestre do ano, a taxas anualizadas.

    Alemanha: Produção industrial permanece estável em maio

    Na manhã de hoje (07/07) o Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou os dados da produção industrial do país. No resultado referente ao mês de maio, livre de efeitos sazonais, a produção do setor ficou estável (0,0%) em relação ao apresentado no mês anterior, quando havia crescido 0,6%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial alemã registra queda de 4,6%.

    Destaque para a alta de 1,3% na categoria de bens de consumo, seguida pela alta de 0,4% na produção de bens de capital. No sentido contrário, os preços de energia caíram 3,1%, seguido pelo recuo da construção (-0,5%) e da produção de bens intermediários (0,2%).

    No mais, a produção industrial não seguiu a tendência contracionista (-0,2%) registrada pelas encomendas à indústria na leitura do mês de maio (Macro Visão 1723).

     
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