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Informativo eletrônico - Edição 1751 Segunda-Feira, 17 de agosto de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado começa a prever recessão também para 2016

    Economia Internacional

  • EUA: Produção industrial acelera em julho
  • Zona do Euro: Mercado externo tem ajudado recuperação da região

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado começa a prever recessão também para 2016

    Na manhã desta segunda-feira (17/08) o Banco Central divulgou o Boletim Focus, relatório que conte a mediana das projeções das principais variáveis macroeconômicas acompanhadas. Nesta semana, o mercado apresentou uma forte revisão negativa para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Em 2015, a projeção de contração passou de -1,97% para -2,01%, ao passo que para 2016, a projeção mediana da atividade passou de uma estabilidade (0,00%) para uma queda de -0,15%, ou seja, a economia brasileira deve apresentar dois anos seguidos de contração do PIB, fato que não ocorria desde o biênio de 1930-31.

    Quanto ao cenário da inflação, as projeções para 2015 permaneceram em 9,32%, ao passo que para 2016 o mercado registrou elevação pela segunda semana seguida, mesmo que de forma sutil, avançando de 5,43% para 5,44% e sinalizando a dificuldade da convergência das expectativas para o centro da meta no próximo ano. Por sua vez, a projeção para a taxa de juro básica da economia (SELIC) permaneceu em 14,25% para o fim deste ano e recuou de 12,00% para 11,88% para o fim do ano que vem.

    A projeção para a taxa de câmbio avançou de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,48 para o fim de 2015 e de R$/US$ 3,50 para R$/US$ 3,60 para 2016. Em relação ao setor externo, a projeção do déficit das transações correntes voltou a diminuir, passando de US$ 77,50 bilhões para US$ 77,00 bilhões, com contribuição positiva da balança comercial, cujo superávit foi revisto de US$ 7,70 bilhões para US$ 8,00 bilhões nesta leitura.

    Por fim, o mercado revisou a queda na produção industrial estimada para este, passando de -5,21% para -5,00%, ao passo que para 2016, o crescimento esperado diminuiu de 1,15% para 1,00%.

    EUA: Produção industrial acelera em julho

    Na última sexta-feira (14/08) o Banco Central Americano (Federal Reserve – FED) divulgou os dados da produção industrial dos Estados Unidos referente ao mês de julho. De acordo com a leitura, o setor industrial apresentou avanço de 0,6% na passagem de junho para julho, já descontadas as influências sazonais, acelerando ante a alta de 0,1% no mês anterior. Na comparação interanual, houve alta de 1,3% da produção industrial no mês de julho.

    Na abertura por setores, na passagem mensal, destaque para o avanço de 0,8% da indústria de transformação, reflexo da alta de 10,9% do grupo de veículos automotivos. Já o setor extrativo exibiu crescimento de apenas 0,2%, ao passo que o setor de utilidades (equivalente ao SIUP no Brasil) recuou 1,0% na passagem mensal.

    No mais, a utilização da capacidade instalada chegou ao patamar de 78,0% na leitura do sétimo mês do ano, 0,3 p.p. acima do registrado no mês anterior e cerca de 2,1 p.p. abaixo da média histórica da indústria norte-americana.

    Assim, o bom desempenho da indústria neste início de terceiro trimestre, somado ao crescimento no varejo (Macro Visão 1749) corrobora a melhora da atividade econômica americana neste segundo semestre. A expectativa é de que a política monetária do país seja normalizada em breve, mas o FED segue acompanhando os resultados do payroll americano, que não vem mostrando aceleração e a inflação abaixo da meta, com forte pressão deflacionaria vindo da valorização do dólar.

    Zona do Euro: Mercado externo tem ajudado recuperação da região

    Na manhã de hoje (17/08) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou os dados da Balança Comercial da Zona do Euro. No mês de junho constatou-se superávit de € 26,4 bilhões na região, acima do verificado no mesmo mês do ano precedente (€ 16,0 bilhões). No resultado acumulado no primeiro semestre do ano, foi constatado superávit de € 115,0 bilhões, ao passo que no mesmo período do ano anterior o superávit chegou ao nível de € 76,4 bilhões.

    O resultado atual ocorre, principalmente, devido ao avanço de 12,3% no volume de exportações na comparação interanual (de € 162,7 bilhões para € 182,7 bilhões), ao passo que as importações avançaram 6,6% no mesmo período de avaliação (de € 146,7 bilhões para € 156,4 bilhões).

    Descontadas as influências sazonais, houve superávit de € 21,9 bilhões em junho, ante € 21,3 bilhões no mês precedente. Tal resultado se dá como reflexo da alta de 1,4% das exportações na passagem mensal (de € 170,8 bilhões para € 173,1 bilhões), ao passo que as exportações avançaram somente 1,2% entre os meses de maio e junho (de € 149,5 bilhões para € 151,3 bilhões).

    Dentre os países-membros da Zona do Euro, os principais destaques positivos no acumulado dos primeiros seis meses do ano foram registrados na Alemanha (€ 125,5 bilhões), nos Países Baixos (€ 28,8 bilhões) e na Irlanda (€ 22,7 bilhões). Por outro lado, os déficits mais expressivos do ano ocorreram na França (- € 29,2 bilhões), Espanha (-€ 11,9 bilhões) e Grécia (- € 9,2 bilhões).

    Portanto, assim como já demonstrando em diversos indicadores antecedentes e no próprio resultado do PIB, a economia do euro tem se beneficiado de sua moeda mais depreciada e utilizado o comercio exterior como um vetor positivo para sua recuperação, exibindo superávits muito acima do registrado nos últimos anos, principalmente liderados pela Alemanha, maior economia da região.

     
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