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Informativo eletrônico - Edição 1758 Quarta-Feira, 26 de agosto de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Saldo de transações correntes acumula déficit de US$ 44,1 bilhões no ano
  • FGV: Confiança da Indústria recua 1,6% e atinge novo mínimo histórico em agosto
  • Inflação ao produtor acelera novamente em julho

    Economia Internacional

  • EUA: Confiança do Consumidor avança fortemente em agosto

    Dados da Economia Brasileira

  • Saldo de transações correntes acumula déficit de US$ 44,1 bilhões no ano

    Ontem (25/08) o Banco Central divulgou os resultados das contas do setor externo do país. De acordo com a publicação, foi constatado um déficit de US$ 6,2 bilhões no mês de julho, acumulando no ano um saldo negativo de US$ 44,1 bilhões, ante déficit de US$ 58,3 bilhões no mesmo período do ano precedente. Dessa forma, o saldo de transações correntes mostra-se deficitário em US$ 89,4 bilhões nos últimos doze meses, o que representa 4,36% do PIB.

    Em se tratando da balança comercial, a queda das importações – relacionada diretamente com a questão do arrefecimento da demanda interna – continua mais expressiva do que a diminuição no nível de exportações. Dessa forma, as exportações chegaram ao patamar de US$ 112,3 bilhões no acumulado dos primeiros sete meses de ano, uma queda de 15,8% em relação ao mesmo período do ano precedente, enquanto que as importações alcançaram o nível de US$ 108,9 bilhões, uma contração de 19,4% em relação ao mesmo período de 2014. O saldo da balança comercial exibe, portanto, superávit de US$ 3,4 bilhões.

    Já a conta de serviços apresentou um recuo de 11,9% no déficit acumulado no ano até julho, em comparação com o mesmo período do ano anterior (de US$ -26,9 bilhões em 2014 para US$ -23,7 bilhões em 2015). Tal redução ocorre pelo menor saldo negativo acumulado na conta de viagens internacionais (de US$ -10,5 bilhões em 2014 para US$ -8,2 bilhões em 2015), reflexo da desvalorização do real em relação ao dólar e da contração da renda das famílias, mesmo movimento verificada na conta de transportes (de US$ -5,0 bilhões em 2014 para US$ -3,9 bilhões em 2015).

    No que tange à conta de renda (a qual considera a soma das contas de renda primária e secundária), constatou-se déficit de US$ 23,7 bilhões no ano de 2015, ante déficit de US$ 29,6 bilhões no mesmo período do ano precedente, com forte influência da queda nas remessas de lucros enviadas ao exterior.

    Por fim, a conta capital e financeira acumulou déficit de US$ 42,5 bilhões neste ano, ante déficit de US$ 55,1 bilhões no ano precedente, uma vez que o déficit dos investimentos em carteira acumulados até julho passou de US$ 30,9 bilhões em 2014 para US$ 24,2 bilhões em 2015, ao passo que os investimentos diretos no país (IDP) passaram de US$ 55,4 bilhões para US$ 36,9 bilhões. Assim, o IPD acumulou alta de US$ 78,4 bilhões nos últimos doze meses, equivalente a 3,81% do PIB e financiando 88% do déficit de transações correntes do período.

    FGV: Confiança da Indústria recua 1,6% e atinge novo mínimo histórico em agosto

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (26/08) o Índice de Confiança da Indústria (ICI). No resultado referente ao mês de agosto, já descontadas as influências sazonais, o índice recuou 1,6%, anulando a alta de 1,5% registrada no mês anterior e apresentando uma queda menos expressiva do que em sua prévia (-2,5%, conforme Macro Visão 1754). Com esse resultado, o índice chega ao patamar de 68,0 pontos, o menor nível da série histórica.

    O resultado atual ocorre tanto pela pior avaliação da situação atual quando pela piora das expectativas para os próximos seis meses. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,6% na passagem de julho para agosto, passando de 70,3 pontos para 69,2 pontos, o segundo menor nível da série histórica. Já o Índice de Expectativas (IE), de maneira análoga, também recuou 1,6%, chegando ao patamar de 66,8 pontos e também atingindo o segundo menor nível da série histórica.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) exibiu recuo de 0,5 p.p. entre os meses de julho e agosto, passando de 78,2% para 77,7%, o menor nível desde outubro de 1993 (77,1%).

    Segundo economista da FGV, a atual contração do ICI sugere que a alta do mês de julho foi um evento passageiro, uma vez que diversos fatores ainda impactam negativamente nas expectativas dos próximos meses, tais como estoques excessivos e demanda interna arrefecida.

    Inflação ao produtor acelera novamente em julho

    Na manhã de hoje (26/08) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do Índice de Preços ao Produtor (IPP) referente ao mês de julho. De acordo com a publicação, a inflação ao produtor variou 0,68% na passagem de junho para julho, acima da taxa do mês anterior (0,34%) e da registrada no mesmo mês do ano precedente (-0,28%). No acumulado em doze meses, constatou-se variação de 7,62% no índice, ao passo que, no ano, houve alta de 3,67%. O IPP mensura a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes.

    A inflação do mês atual mostrou-se dispersa por 16 das 23 atividades abrangidas pela pesquisa entre os meses de junho e julho, sendo que as variações positivas mais expressivas foram verificadas nos seguintes grupos: Fumo (2,63%); Outros Equipamentos de Transporte (2,40%); Calçados e Artigos de Couro (1,64%); e Borracha e Plástico (1,47%). Por outro lado, as principais variações negativas foram: Metalurgia (-0,62%); Produtos de Madeira (-0,57%); Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos (-0,44%); e Produtos de Metal (-0,31%).

    EUA: Confiança do Consumidor avança fortemente em agosto

    Ontem (25/08) o The Conference Board divulgou o Índice de Confiança do Consumidor (Consumer Confidence Index – CCI) para os Estados Unidos. No mês de agosto o índice chegou ao patamar de 101,5 pontos, ante 91,0 pontos em julho, o que equivale a uma alta de 11,5%, anulando, assim, a queda de 8,8% registrada no mês anterior. Tal resultado reflete a melhor expectativa dos consumidores tanto do momento atual quanto em relação aos próximos seis meses.

    O Índice de Situação Atual (Present Sitution Index, em inglês) passou de 104,0 pontos em julho para 115,1 pontos em agosto, o equivalente a um avanço de 10,7%. A avaliação dos consumidores acerca das condições atuais mostrou-se mais favorável, principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho. A parcela de consumidores que acreditam na existência de empregos em abundância passou de 19,9% para 21,9%, ao passo que a parcela dos que acreditam que existe dificuldade em se conseguir emprego passou de 27,4% para 21,9% na passagem mensal.

    Por sua vez, o Índice de Expectativas (Expectations Index, em inglês) registrou alta de 12,4% na passagem mensal (de 82,3 pontos para 92,5 pontos), também refletindo a melhora das perspectivas com relação ao mercado de trabalho. Dentre os entrevistados, 14,6% esperam o aumento do número de vagas nos próximos seis meses, ante 13,7% no mês precedente, enquanto que apenas 13,6% acreditam que existirá uma redução do número de vagas nos próximos seis meses, frente 19,0% dos entrevistados no mês anterior.

    Segundo economista da instituição, a forte alta no mês atual reflete, principalmente, a melhora acerca da condição do mercado de trabalho do país, dissipando as incertezas gerados no mês precedente, uma vez que os consumidores mostram-se otimistas no curto prazo.

     
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