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Informativo eletrônico - Edição 1761 Segunda-Feira, 31 de agosto de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para 2015 e 2016 devem piorar ainda mais
  • Confiança de Serviços atinge novo mínimo histórico
  • Confiança do Comércio segue em mínima histórica

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico exibe alta de agosto

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Projeções para 2015 e 2016 devem piorar ainda mais

    O Banco Central divulgou na manhã de hoje (31/08) o seu Boletim Focus, relatório semanal que levanta a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo o boletim, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) seguem piorando. Para 2015, as estimativas passaram de -2,06% para -2,26%, ao passo que para 2016 a queda do produto aumentou de 0,24% para 0,40%. Vale lembrar que na última sexta-feira (28/08) o IBGE divulgou o resultado PIB do segundo trimestre (Macro Visão 1760), que surpreendeu negativamente o mercado com uma queda mais intensa da atividade. Tal resultado, por ter sido divulgado no último dia de coleta do boletim Focus, provavelmente não teve seu impacto no resultado do atual relatório, portanto, é de se esperar que na próxima semana o boletim apresente fortes revisões baixistas para o PIB brasileiro deste e do próximo ano, dado o pior carregamento estatístico.

    Por sua vez, as projeções para a inflação (IPCA) diminuíram sutilmente para 2015 (de 9,29% para 9,28%), com as estimativas dos preços administrados chegando a 15,20%, ao passo que para 2016, a mediana do mercado para o IPCA voltou a subir pela quarta semana (de 5,50% para 5,51%), demonstrando a resiliência das expectativas inflacionárias em convergir para a meta perseguida pelo Banco Central (4,50%).

    Em relação a taxa de juro básico da economia (SELIC), suas projeções permaneceram 14,25% para este ano e 12,00% para o próximo. Tal movimento também foi verificado para a taxa de cambio, cuja projeção para fim de período permaneceu em R$/US$ 3,50, em 2015 e de R$/US$ 3,60 para o fim do próximo.

    Quanto ao setor externo, o superávit da balança comercial deste ano segue em US$ 8,00 bilhões e as projeções do déficit na conta corrente permaneceram em US$ 76,50 bilhões. Para 2016, a saldo comercial deve ser positivo em US$ 16,80 bilhões e a conta corrente negativa em US$ 67,60 bilhões.

    Por fim, no que tange a produção industrial, o boletim informa que o mercado voltou a revisar para baixo o desempenho do setor em 2015 (de -5,20% para -5,57%) e 2016 (de 1,00% para 0,89%).

    Confiança de Serviços atinge novo mínimo histórico

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (31/08) o Índice de Confiança de Serviços (ICS) referente ao mês de agosto. De acordo com a publicação, já descontadas as influências sazonais, o índice registrou uma contração de 4,7% na passagem mensal, acelerando frente o recuo de 2,9% exibido entre os meses de junho e julho. Assim, o índice chega ao nível de 74,7 pontos, sendo esta a sexta vez que o ICS alcança o mínimo histórico neste ano.

    Dentre os componentes do índice, o Índice de Situação Atual (ISA-S), que avalia a o momento presente do setor, apresentou queda de 9,6%, anulando, assim, os ganhos verificados no mês precedente (4,8%). Já o Índice de Expectativas (IE-S), que mensura as perspectivas do setor para os próximos seis meses, apresentou desaceleração do ritmo de queda no mês de agosto (de -7,1% para -1,7%).

    Segundo economista da FGV, o setor de serviços continua expressando pessimismo, refletindo o arrefecimento da demanda das famílias e das empresas. Tal movimento impacta o mercado de trabalho de maneira imediata e negativa, uma vez que este é o setor mais empregador da economia. No mais, vale salientar que o setor não apresenta sinais de recuperação no curto prazo, já que espera-se uma nova queda da atividade no terceiro trimestre do ano.

    Em se tratando do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que corresponde a 30% do IGP-M – também houve desaceleração na leitura atual (de 0,60% em julho para 0,24% em agosto). Dentre as oito classes de despesa abrangidas pela pesquisa, cinco apresentaram desaceleração frente ao mês anterior, sendo: Alimentação (0,99% para 0,01%), Habitação (0,94% para 0,47%), Vestuário (0,29% para -0,38%), Despesas Diversas (0,52% para 0,08%) e Comunicação (0,37% para 0,17%). Por sua vez, as classes de Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 0,33%), Transportes (0,04% para 0,18%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,65%) exibiram maior crescimento dos preços.

    Confiança do Comércio segue em mínima histórica

    De acordo com os dados divulgados hoje (31/08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) apresentou queda de 4,1% no mês de agosto, já descontadas as influências sazonais, acelerando ante retração de 0,9% no mês anterior. Dessa forma, o índice chega ao patamar de 86,1 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em março de 2010.

    O resultado atual se dá pela piora da avaliação dos empresários acerca da situação atual do setor. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) apresentou queda de 12,1% na passagem de julho para agosto, chegando, assim, ao nível de 56,5 pontos, o menor nível da série histórica. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,4% na passagem mensal, anulando parte da queda registrada no mês anterior (-1,0%). A alta atual do IE-COM foi impactada inteiramente pela alta de 1,8% do índice de situação dos negócios para os próximos seis meses.

    De acordo com o superintendente da FGV responsável pela pesquisa, a atual contração sinaliza que o comércio continua enfrentando dificuldades neste terceiro trimestre do ano. Acerca da alta das expectativas no mês atual, vale salientar que este resultado é insuficiente para se considerar uma reversão da tendência negativa, dada a continuidade da deterioração das projeções para o mercado de trabalho.

    Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico exibe alta de agosto

    Na última sexta-feira (28/08) a Comissão Europeia (EC) divulgou o Índice de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator – ESI) da Zona do Euro. De acordo com a publicação, o índice exibiu alta de 0,2 ponto no mês de agosto, alcançando o nível de 104,2 pontos. Já o índice relativo à União Europeia avançou 0,4 ponto na passagem mensal, chegando ao patamar de 107,0 pontos.

    Dentre os cinco indicadores que compõem o índice, quatro exibiram alta entre os meses de julho e agosto. Destaque para a Confiança do Varejo (+2,0 pontos), cuja alta reflete a melhor avaliação tanto da situação atual dos negócios quanto das expectativas para os próximos meses. Já a alta da Confiança de Serviços (+1,3 pontos) foi impactada positivamente pelo indicador de expectativas de demanda, pela melhor avaliação da situação de negócios passada e pela demanda passada. Em se tratando da Confiança da Construção (+1,1 pontos), a recente alta ocorre devido às melhores expectativas acerca dos níveis de emprego do setor e da melhor avaliação do nível de pedidos. A Confiança do Consumidor (+0,3 ponto), por sua vez, teve contribuição positiva a melhor avaliação dos consumidores acerca da situação econômica futura. Por fim, a Confiança da Indústria registrou queda na passagem mensal (-0,8 ponto), reflexo da visão menos otimista do atual nível de pedidos e dos níveis de estoque de produtos finais.

    Dentre os principais países da Zona do Euro, destaque para as altas registradas na Espanha (+1,7 pontos) e na França (+0,9 ponto). Por outro lado, houve contração na Itália (-0,6 ponto), Países Baixos (-0,3 ponto) e Alemanha (-0,2 ponto).

    Também foi divulgado na sexta-feira (28/08) pela Comissão Europeia (EC) o Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator – BCI) da Zona do Euro. Segundo a leitura, o índice chegou ao nível de 0,21 ponto em agosto, ante 0,41 ponto em julho, sendo tal queda reflexo da deterioração da avaliação acerca da produção passada, dos níveis atuais de estoque de produtos finais e dos níveis de pedidos totais e de exportações.

     
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