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Informativo eletrônico - Edição 1808 Segunda-Feira, 09 de novembro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções para 2015 e 2016 seguem piorando
  • Anfavea: produção de veículos apresenta alta em outubro

    Economia Internacional

  • OCDE: Brasil apresentará retração de 3,1% em 2015
  • EUA: Índice de geração de empregos aumenta em outubro

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • Focus: Projeções para 2015 e 2016 seguem piorando

    Na última segunda-feira (09/11), o Banco Central do Brasil divulgou o Boletim Focus, relatório semanal responsável por levantar a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo a publicação, o mercado permanece registrando pioras quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com queda esperada para este ano de 3,10% ante 3,05% na projeção feita anteriormente. Para o ano de 2016, a recessão também aumentou, passando de -1,51% para -1,90%, mostrando rápida deterioração das expectativas, visto que a quatro semanas a projeção era de -1,20%.

    Em relação a inflação, a mediana do mercado aponta que o IPCA atingirá o patamar de 9,99% ao final do ano, o sexto avanço consecutivo das projeções desta variável, que deve ultrapassar os dois dígitos. Quanto as projeções para 2016, a mediana apontada passou de 6,29% para 6,47%, se aproximando cada vez mais do teto limite da meta de inflação estipulada (6,50%).

    No que diz respeito à taxa SELIC, a mediana das projeções manteve as projeções anteriores de 14,25% para o ano de 2015 e aumentaram de 13,00% para 13,25% suas expectativas para 2016, indicando a dificuldade que será o caminho rumo a diminuição dos juros no próximo ano. Quanto as projeções para a taxa de cambio em 2015, se mantiveram no patamar de R$/US$4,00. Para o ano de 2016, o mercado manteve suas expectativas anteriores de R$/US$ 4,20.

    No setor externo, o superávit da balança comercial deste ano passou de US$14,00 bilhões para US$ 14,60 bilhões, já em relação ao próximo ano, passou de US$26,30 bilhões para US$29,00 bilhões. Sendo assim, as expectativas para o saldo de conta corrente desse ano se mantiveram em US$65,50 bilhões, já em 2016 as projeções apontadas são de um déficit de US$42,55 bilhões.

    Por fim, a produção industrial acentuou ainda mais sua expectativa de queda para 2015, passando de -7,00% de crescimento para -7,40%, após a forte queda apresentada no resultado do terceiro trimestre (Macro Visão 1805). Em relação as projeções para 2016, a queda de -2,00% se manteve, evidenciando a retração da atividade industrial prevista também para o ano que está por vir.

    Anfavea: produção de veículos apresenta alta em outubro

    Segundo os dados divulgados na última sexta-feira (06/11) pela ANFAVEA, a produção de veículos automotores cresceu 5,2% em outubro, na série livre de influências sazonais. O resultado não foi capaz de reverter as perdas de setembro (-6,8%) e agosto (-6,1%), lembrando que a produção do setor subiu apenas duas vezes nas ultimas treze leituras. Em relação a outubro de 2014, a produção completou a vigésima leitura negativa na base de comparação interanual, mostrando queda de 30,3%.

    Na abertura por categoria, a alta é influenciada pelo avanço de 4,6% na produção de automóveis entre setembro e outubro, e de 22,3% na categoria de comerciais leves. Por sua vez, a produção de ônibus (-22,9%) e caminhões (-4,2%) diminuíram no período.

    Por outro lado, a ANFAVEA informou queda de 2,9% nas vendas, puxada pela retração de 2,6% no comercio dos produtos nacionais e 4,1% nos importados, na série com ajuste sazonal. Ainda assim os estoques diminuíram (-2,3% em outubro), com forte ajuste nas lojas varejistas de veículos, embora os estoques nas fabricas tenham subido no decimo mês do ano.

    Em suma, o setor mostra um resultado positivo no início do último trimestre do ano, embora seja muito fraco para indicar qualquer retomada do setor, que continua mostrando resultados ruins de venda, refletindo a perda do poder de consumo do brasileiro.

    OCDE: Brasil apresentará retração de 3,1% em 2015

    Hoje (09/11) a Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou as novas projeções de crescimento das principais economias do mundo. Segundo a publicação, a recessão mais acentuada em diversas economias enfraqueceu o crescimento global. A expectativa para o Brasil em 2015 e 2016 é que exista retração de -3,1% e de -1,2% no PIB, respectivamente, em função, principalmente, da inflação acima da meta e ao fraco investimento ocasionado pela incerteza no cenário político e econômico do país. O resultado para este ano vem exatamente em linha com o divulgado hoje pelo Focus.

    Em relação aos Estados Unidos, a alta da produção impulsionada pela demanda das famílias acarretará em um avanço do PIB de 2,4% neste ano e de 2,5% em 2016.O desemprego no país tende a diminuir pelo avanço da economia.

    A expectativa de crescimento da Zona do Euro foi revisada para 1,5% em 2015 e 1,8% em 2016, com o fortalecimento da região em decorrência da política monetária e dos preços mais baixos do petróleo. Com relação ao Japão, o crescimento estimado é de 0,6% neste ano e de 1,0% no ano seguinte.

    Por fim, quanto aos países emergentes, os quais possuem expectativas de avanços divergentes, a China mantém projeção de 6,8% para 2015 e queda em 2016 (6,5%), com a atividade voltada para o consumo e serviços. Índia também apresentará crescimento robusto de 7,2% em 2015 e de 7,3% em 2016.

    EUA: Índice de geração de empregos aumenta em outubro

    Na última sexta-feira (06/11) o Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos Estados Unidos divulgou o relatório que resume a situação do emprego no país. De acordo com a leitura, a geração de empregou em outubro foi de 271 mil – muito acima do esperado - e a taxa de desemprego se manteve inalterado em 5,0%. A taxa de desemprego nos últimos 12 meses caiu 0,7 p.p, já o número de pessoas desempregadas registrou queda de 1,1 milhões.

    No que tange o número de desempregados de longa duração (aqueles sem emprego há 27 semana ou mais), permaneceu inalterado em 2,1 milhões em outubro, apresentando estabilidade desde junho. Segundo o relatório, tais indivíduos foram responsáveis por 26,8% dos desempregos de outubro.

    Assim, a forte geração de emprego no período foi recebida de forma positiva pelo mercado, fazendo com que as apostas da normalização da política monetária americana em dezembro aumentem.

     
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