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Informativo eletrônico - Edição 1854 Segunda-Feira, 01 de fevereiro de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções de inflação seguem em ritmo de alta
  • Banco Central: Setor público registra déficit de 1,88% do PIB em 2015

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Inflação acelera em janeiro
  • EUA: PIB cresce 2,4% em 2015

    Projeções do Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • Focus: Projeções de inflação seguem em ritmo de alta

    O Banco Central divulgou na manhã de hoje (01/02) o seu Boletim Focus, relatório semanal que levanta a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo a publicação, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 apresentaram leve piora, passando de uma queda de 3,00% para uma de 3,01%. Também foi verificada queda nas estimativas para 2017 (de 0,80% para 0,70%). Para o ano passado, as estimativas já chegam a -3,78%.

    As perspectivas para o IPCA de 2016 subiram pela quinta vez consecutiva, passando de 7,23% para 7,26%, ao passo que para 2017 a inflação esperada atingiu 5,80%, ante 5,65% no boletim passado. Em se tratando dos preços administrados, a expectativa para a inflação chegou a 7,70%, superior ao registrado anteriormente (7,62%), enquanto para 2017 manteve-se estável (5,50%).

    A taxa SELIC para 2016 ficou em 14,25% no relatório atual, sendo que na semana passada era 14,64%. Já a taxa de câmbio para 2016, por sua vez, se elevou, chegando ao patamar de R$/US$ 4,35, ante R$/US$ 4,30 na semana precedente. Para 2017, a projeção é de R$/US$ 4,40.

    Com relação ao setor externo, as expectativas da Balança Comercial para este ano aumentaram, totalizando US$ 37,90 bilhões, enquanto para 2017 permaneceu em US$ 40,00 bilhões. Quanto as Transações Correntes, o relatório exibe elevação do déficit tanto para 2016 (de US$ 32,10 bilhões para US$ 33,55 bilhões) quanto para 2017 (de US$ 26,50 bilhões para US$ 27,25 bilhões).

    Por fim, a produção industrial apresentou nova piora da retração para 2016 (de -3,57% para -3,80%), mas permaneceu estável para 2017 (1,50%).

    Banco Central: Setor público registra déficit de 1,88% do PIB em 2015

    O Banco Central divulgou na última sexta-feira (29/01), os resultados primários da política fiscal referentes ao mês de dezembro e, portanto, o fechamento de 2015. Segundo o relatório, o setor público consolidado (Governo Central, empresas estatais e governos regionais) registrou déficit primário de R$71,7 bilhões no último mês de 2015.

    De forma desagregada, o Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits primários no patamar de R$ 60,9 bilhões, R$ 9,8 bilhões e R$ 974 milhões, respectivamente. Cabe pontuar que o resultado apenas do Governo Central já havia sido divulgado na semana passada (Macro Visão 1853).

    Com esta leitura, o ano de 2015 registrou déficit de R$111,2 bilhões (equivalente a 1,88% do PIB), muito superior ao déficit registrado no ano anterior, de R$32,5 bilhões (0,57% do PIB). Já os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$ 52,1 bilhões em dezembro, acumulando do ano R$ 501,8 bilhões, resultado este que equivale a 8,46% do PIB, elevando-se 2,99 p.p do PIB em relação ao ano anterior.

    No que tange o déficit nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, o registro também foi deficitário em R$123,8 bilhões em dezembro. Assim, em 2015, o déficit nominal atingiu R$613 bilhões (ou 10,34% do PIB), superando o déficit de 2014, de R$343,9 bilhões (ou 6,05% do PIB).

    Zona do Euro: Inflação acelera em janeiro

    Na última sexta-feira (29/01) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Zona do Euro. De acordo com a publicação, no mês de janeiro a inflação acumulada em 12 meses avançou para 0,4%, resultado que é 0,2 p.p. superior ao registrado em dezembro de 2015.

    Por sua vez, quando consideramos a inflação sem os preços de energia (que sofre forte impacto deflacionista pela queda dos preços do petróleo), a inflação avança de 0,9% em dezembro para 1,1% em janeiro, no acumulado em doze meses. Vale lembrar que em janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juros inalterada com o objetivo de impulsionar a economia da região.

    Na abertura por componentes, os preços serviços apresentaram aceleraram, passando de 1,1% para 1,2%. Por outro lado, o nível de preços dos segmentos de alimentos, álcool e tabaco registraram descompressão ao recuar de 1,2% para 1,1%. Por fim, os preços de energia mostraram deflação menor neste início de ano, a despeito da continua queda dos preços do petróleo, saindo de -5,8% em dezembro para -5,3% em janeiro

    EUA: PIB cresce 2,4% em 2015

    Na última sexta-feira (29/01) o BEA (Bureau of Economic Analysis) divulgou a estimativa inicial do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para o quarto trimestre do ano. Segundo a publicação, descontadas as influências sazonais, o Produto Interno Bruto real avançou a taxa anualizada de 0,7% no último trimestre de 2015, desacelerando diante do resultado do trimestre anterior (2,0%). O resultado já era esperado, visto que diversos indicadores – como produção industrial e vendas no varejo – já apresentavam tendência mais fraca. Com a leitura, o crescimento do PIB americano em 2015, frente 2014, foi de foi de 2,4%.

    O crescimento mais moderado no quarto trimestre decorre da desaceleração do consumo pessoal, investimento fixo não residencial, exportações e gastos do governo, que foram parcialmente compensados pelos investimentos em estoque privado e pela queda nas importações.

    Já na variação anual, na abertura por componentes do PIB, destaque para a expansão real de 3,1% no consumo das famílias, de 4,8% em investimento fixo, enquanto as exportações cresceram 1,1% e as importações 5,0%. Já os gastos do governo apresentaram pequena elevação de 0,8% na comparação anual.

    De maneira geral, o crescimento do PIB segue as perspectivas do mercado, refletindo entre outros fatores, a queda nos indicadores antecedentes da economia e do dólar valorizado. Por outro lado, a forte recuperação do mercado de trabalho e o início da normalização da política monetária americana sinalizam uma economia mais robusta, embora apreensiva quanto a desaceleração da economia mundial.

     
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