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Informativo eletrônico - Edição 1871 Segunda-Feira, 29 de fevereiro de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Queda projetada para o PIB de 2016 já chega a 3,45%
  • FGV: Confiança da Indústria continua caindo
  • FGV: Confiança do setor de serviços recua em fevereiro

    Economia Internacional

  • CPB: Comércio Mundial mantêm-se estável em dezembro

    Projeções do Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • Focus: Queda projetada para o PIB de 2016 já chega a 3,45%

    O Banco Central (BCB), divulgou na manhã desta segunda-feira (29/02) o Boletim Focus, relatório semanal que levanta a mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 passaram de -3,40% para -3,45%. Para 2017, a expectativa se manteve em 0,50%.

    Com relação ao IPCA de 2016, o mesmo atingiu 7,57%, ante 7,62% na semana anterior. Para 2017, o índice registrou estabilidade na comparação com o registo da semana passada, mantendo-se em 6,00%. Quanto aos preços administrados, permaneceram inalterados também, tanto para 2016 quanto para 2017 (7,50% e 5,50%, respectivamente).

    No que tange a taxa de juros básico da economia (a SELIC), suas projeções permaneceram em 14,25% para o ano de 2016 e para o próximo ano registraram queda, passando de 12,63% para 12,50%. A taxa de câmbio para 2016 apresentou ligeira queda ante ao relatório anterior, passando de R$/US$ 4,36 para R$/US$ 4,35 e para 2017 permaneceu estável ficando em R$/US$ 4,40, mantendo o reflexo do temor quando a paralização da normalização da política monetária americana.

    Quanto ao setor externo, o superávit da balança comercial deste ano aumentou de US$ 37,05 bilhões para US$ 40,00 bilhões, enquanto para 2017 tal índice registrou alta, passando de US$ 39,65 bilhões para US$ 40,00 bilhões. Já o déficit em conta corrente apresentou queda de US$ 31,15 bilhões para US$ 29,95 bilhões neste ano e para 2017 passou de um déficit de US$ 25,88 bilhões para US$ 25,00 bilhões.

    Por fim, quanto a produção industrial, o boletim informa que o mercado apontou a sétima revisão baixista para o setor em 2016 (de -4,40% para -4,50%). Para 2017, o crescimento esperado para a o setor passou de 1,0% para 0,80%, refletindo o crescimento do pessimismo para o setor para o próximo ano.

    FGV: Confiança da Indústria continua caindo

    Hoje (29/02), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança da Indústria (ICI). De acordo com a publicação, já descontados os efeitos sazonais, após alta de 0,8% em janeiro, o ICI recuou 2,0% em fevereiro, passando de 76,2 para 74,7 pontos, atingindo o menor patamar desde setembro de 2015 e surpreendendo negativamente as projeções iniciais (75,2 pontos, macro visão 1867).

    A acentuada queda no Índice de Expectativas (IE), que atingiu 72,6 pontos, 3,7% menor do que o registrado no mês de janeiro e o mais baixo da série histórica teve forte impacto no resultado do ICI. Entretanto o Índice de Situação Atual (ISA) também apresentou contração no mês de fevereiro (-0,6%), passando de 77,6 para 77,1 pontos.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) caiu 0,5 ponto percentual (p.p) entre janeiro e fevereiro, ao passar de 74,1% para 73,6%, sendo este o menor nível da séria histórica.

    Segundo o Superintendente da Instituição, a forte queda no indicador anula a alta apresentada nos meses anteriores e demostra que a demanda continua enfraquecida, sem expectativas de melhora para os meses subsequentes.

    FGV: Confiança do setor de serviços recua em fevereiro

    Na manhã desta sexta-feira (29/02), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o seu Índice de Confiança de Serviços (ICS). Na passagem de janeiro para fevereiro, na série sem influência sazonal, o índice registrou queda de 1,0%, passando de 69,5 para 68,8 pontos. No mês de fevereiro, o ICS apresentou queda em 9 das 13 atividades e foi determinada tanto pelas avaliações sobre o momento atual quanto pelas expectativas em relação aos meses que estão por vir.

    Com relação ao Índice de Situação atual (ISA-S), houve retração de 0,9% na passagem de janeiro para fevereiro, após registro de alta de 3,8% em janeiro. A queda do ISA-S do mês anterior para o atual foi motivada pela piora de seus dois componentes, com maior contribuição o indicador de nível de Volume de Demanda Atual.

    No que tange o Índice de Expectativas (IE-S), foi apresentada retração de 1,0% no mês atual, passando de 70,5 para 69,8 pontos. Tal queda foi determinada pela retração do indicador que mede o grau de otimismo em relação à evolução da Situação dos Negócios nos seis meses seguintes.

    Finalizando, no mês de fevereiro, o indicador que avalia o grau de facilidade para obtenção de Crédito pelas empresas ficou em 59,8 pontos, sendo este o valor mínimo da série histórica iniciada em junho de 2008. A proporção de empresas que consideram "fácil" a obtenção de credito no momento ficou em 8,5%, enquanto a parcela das que a consideram "difícil" alcançou 30,5%. No mesmo período do ano anterior, essas proporções haviam sido de 10,7% e 18,4%, respectivamente.

    A inflação resistente em patamares elevados, somado a outros fatores, resulta na continuidade da confiança deprimida do consumidor, que, por sua vez, dificultará uma recuperação vigorosa nos próximos meses para o setor de serviços.

    CPB: Comércio Mundial mantêm-se estável em dezembro

    O CPB Netherlands divulgou na última quinta (25/02) os dados referentes ao comércio mundial para o mês de dezembro. Segundo a publicação, já descontadas as influências sazonais, o comércio mundial ficou estável em dezembro, após recuar de 0,3% no mês anterior. Assim, o volume de comércio mundial aumentou 0,7% no último trimestre, após expansão de 2,1% no trimestre precedente.

    O resultado mensal reflete a queda de 0,2% nas importações mundiais e aumento de 0,2% nas exportações. Com relação as economias desenvolvidas, houve queda de 0,2% nas importações e alta de 0,3% nas exortações, com destaque para a elevação de importações dos Estados Unidos (1,4%) e a queda nas importações do Japão (-3,1%).

    Quanto as economias emergentes, as importações caíram 0,1% e as exportações subiram 0,1%. Destaque para a elevação de 4,1% nas importações dos países da Europa Central e oriental e a alta de 5,8% nas exportações da América Latina.

    Já a produção industrial mundial apresentou contração de 0,2% no último mês do ano, ante alta de 0,3% no mês de novembro, fechando o quarto trimestre com uma alta de 0,2%, inferior à registrada no trimestre anterior (0,6%).

    Concluindo, os resultados estão em conformidade com o momento de instabilidade do comércio mundial, sendo as economias emergentes fortemente impactadas pela valorização do dólar.

     
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