Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1581 Terça-Feira, 18 de novembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Receita do setor de serviços mantém fraco desempenho
  • Serasa: Atividade Econômica avança 0,2% no terceiro trimestre

    Economia Internacional

  • Produção industrial americana recua 0,1% em outubro
  • Sentimento Econômico da Alemanha apresenta primeiro avanço em 2014

  • Receita do setor de serviços mantém fraco desempenho

    A receita nominal do setor de serviços avançou 6,4% em setembro, em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme apontado pelos dados divulgados hoje (18/11) pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). O resultado mostra aceleração em relação ao que foi divulgado em agosto, quando a receita do setor cresceu 4,5%. No acumulado de janeiro a setembro, a receita apresentou um crescimento de 6,6%, enquanto que no acumulado em doze meses, a variação registrada foi de 7,1%. Vale ressaltar que na análise da receita real de serviços, calculado pelo Depecon/Fiesp através do deflator do setor, verificou-se nova queda (-2,1%) no mês de setembro, frente ao mesmo mês do ano anterior. Já no acumulado em doze meses pela ótica real, a variação foi de -1,4%.

    Com o resultado, a receita nominal apresentou a pior leitura da série histórica neste terceiro trimestre, em relação ao mesmo trimestre de 2013, variando 5,1%. A desaceleração atual já havia sido apresentada no segundo trimestre, quando a receita do setor havia expandido em 6,2%, ante 8,7% apresentando nos primeiros três meses do ano.

    Das cinco atividades analisadas pela PMS, três mostraram aceleração dos ganhos em sua receita nominal entre agosto e setembro, em suas respectivas comparações interanuais. A receita da atividade de Serviços de Informação e Comunicação passou de 1,7% para 2,7%, ao passo que a de Serviços profissionais, administrativos e complementares passou de 7,7% para 11,1%. Por sua vez, Serviços relacionados a Transportes e Correios cresceu 6,5% em setembro, ante 3,2% em agosto. Já as atividades que apresentaram desaceleração foram: Serviços prestados às famílias (9,0% para 7,7%) e Outros serviços (10,6% para 9,0%).

    Em relação às Unidades Federativas do país, destaque para o crescimento no Distrito Federal (20,6%), Ceará (11,8%) e Tocantins (11,0%). Por outro lado, Amapá (-1,0%), Mato Grosso (-1,1%) e Roraima (-1,8%) apresentaram os piores resultados. Já São Paulo e Rio de Janeiro, as economias de maior peso no país, avançaram 7,1% e 5,6%, respectivamente.

    Serasa: Atividade Econômica avança 0,2% no terceiro trimestre

    Ontem (17/11) foi divulgado pela Serasa Experian o Índice de Atividade Econômica (PIB Mensal) do mês de setembro. Segundo a instituição, foi constatado avanço de 0,4% do PIB a Preços de Mercado no nono mês do ano, na comparação com o mês imediatamente anterior, após devidos ajustes sazonais. Este crescimento demonstra aceleração frente o resultado verificado no mês de agosto (0,2%), na mesma base comparativa. No acumulado no ano, frente mesmo período do ano anterior, houve alta de 0,3% no índice.

    Em se tratando do resultado trimestral, expurgados os efeitos sazonais, foram constatados ganhos de 0,2% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, o que caracterizaria o fim da recessão técnica vista na primeira metade do ano. Tal resultado mostra-se abaixo do desempenho exibido pelo IBC-Br (0,6% no terceiro trimestre), proxy do PIB do Banco Central, conforme informado ontem no Macro Visão 1580.

    Dentre os componentes da oferta, destaca-se neste terceiro trimestre a queda de 2,4% no PIB da Agropecuária. Já o PIB de Serviços apresentou variação positiva de 1,1%, ao passo que o PIB da Indústria demonstrou alta de 0,8% no período.

    Pela ótima da demanda, o destaque negativo foi o recuo de 0,7% na Formação Bruta de Capital Fixo no terceiro trimestre (contrariando a expectativa do mercado, que aguarda alguma retomada dos investimentos no período). Também houveram perdas nas Exportações de Bens e Serviços (-0,1%) e no Consumo das Famílias (-0,1%). Os avanços no período foram registrados na Importações de Bens e Serviços (1,3%) e no aumento do Consumo do Governo (0,7%).

    Assim, apesar do patamar positivo, existiu um fraco desempenho da atividade econômica neste terceiro trimestre de 2014. De acordo com economistas do Serasa Experian, tal resultado é reflexo de um quadro conjuntural adverso, caracterizado por altas taxas de juros, inflação que supera o teto da meta, baixo grau de confiança tanto dos empresários quanto dos consumidores e de uma desaceleração do crescimento econômico mundial.

    Produção industrial americana recua 0,1% em outubro

    A produção industrial nos Estados Unidos apresentou leve recuo no mês de outubro, de acordo com dados divulgados ontem (18/11) pelo Federal Reserve (FED), o Banco Central americano. A publicação aponta uma diminuição de 0,1% na passagem de setembro para outubro, já expurgados os efeitos sazonais. No mês de setembro, houve avanço de 0,8%. O resultado mensal frustrou o mercado, que tinha expectativa de leve alta (em torno de 0,2%), entretanto não impacta negativamente as boas perspectivas quanto a vigorosa retomada da economia americana, visto que na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial americana expandiu 4,0%.

    A indústria de transformação apontou crescimento de 0,2% em outubro, replicando a taxa de setembro, na comparação mensal. Na variação interanual, o setor mostra um crescimento mais vigoroso, chegando a 3,4%. Já a indústria extrativa apontou recuo de 0,9% na margem, mas exibe forte crescimento (de 9,9%) quando se comparado a outubro de 2013, impulsionado pela extração de gás xisto.

    Dentre as categorias de uso analisadas, destaque para a produção de equipamentos, que cresceu 0,6% na margem e 4,6% em sua variação interanual. Por sua vez, a produção de Bens de Consumo Duráveis recuou 0,8% em relação a setembro, ao passo que em sua comparação com outubro de 2013, mostrou crescimento de 3,5%. Já Bens de Consumo não duráveis apontou estabilidade em outubro (0,0%) e crescimento de 0,8% na métrica interanual. Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) chegou a 78,9%, ante 79,2% em setembro, valendo ressaltar que em outubro de 2013 o índice se encontrava no patamar de 75,9%.

    Sentimento Econômico da Alemanha apresenta primeiro avanço em 2014

    O Instituto ZEW da Alemanha divulgou hoje (18/11) o seu Índice de Sentimento Econômico ZEW, que apura as expectativas dos analistas do mercado financeiro quanto a situação da economia. De acordo com a leitura, no mês de novembro o índice atingiu o patamar de 11,5 pontos, ante -3,6 pontos em outubro. Tal resultado demonstra o fim de uma tendência de queda que se manteve durante todo o ano de 2014, sendo este o primeiro crescimento do índice do ano, apesar de ainda manter-se abaixo de sua média histórica (24,4 pontos).

    O Índice da Situação Atual da economia alemã apresentou leve avanço no mês, passando de 3,2 para 3,3 pontos. Entretanto, esta sutil alta ainda não ameniza a queda de 22,2 pontos no índice registrada no mês de setembro, reflexo do grande pessimismo em resposta ao fraco crescimento econômico, conforme relatado no Macro Visão 1579.

    Já o Índice de Sentimento Econômico da Zona do Euro chegou a 11,0 pontos, um avanço de 6,9 pontos em relação à leitura do mês imediatamente anterior. Quanto ao Índice de Situação Atual, houve um decréscimo de 2,9 pontos, chegando a -59,7 pontos em novembro, conforme os recentes resultados insatisfatórios advindos das grandes economias da região. Por fim, com o avanço mensal, o relatório aponta um possível início de estabilização econômica da Zona do Euro, apesar do cenário instável derivado das atuais tensões geopolíticas da região.

     
     Copyright © 2014 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini