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Informativo eletrônico - Edição 1593 Segunda-Feira, 08 de dezembro de 2014
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Projeção do mercado para o PIB chega a 0,18% para 2014
  • Indicadores de emprego mostram resultados negativos em novembro

    Economia Brasileira

  • EUA: Taxa de desemprego permanece em 5,8% no mês de novembro
  • Alemanha: Produção industrial avança 0,2% em outubro

    Projeções do Mercado

  • Projeção do mercado para o PIB chega a 0,18% para 2014

    A projeção para o crescimento do PIB em 2014 caiu pela terceira semana consecutiva, chegando a 0,18%, conforme apontado pelos dados divulgados hoje (05/12) pelo Banco Central em seu relatório Focus. A leitura atual mostra quase estabilidade em relação à estimativa passada, que era de 0,19%. Para 2015, a projeção de crescimento também mostrou queda, chegando a 0,73%, ante 0,77% na semana anterior.

    Por sua vez, a estimativa para o IPCA em 2014 passou de 6,43% para 6,38%. Para 2015, a expectativa da inflação chegou ao teto da meta (6,50%), completando o terceiro ajuste altista consecutivo. Com o estabelecimento da taxa Selic a 11,75% na última reunião do COPOM (03/12), o boletim Focus encerra seu lavamento dessa variável para o ano de 2014. Quanto a 2015, a expectativa da taxa básica de juro para o final do ano atingiu 12,50% nesta leitura, ante 12,00% no último boletim.

    No que tange a taxa de câmbio, a mediana das projeções do mercado permaneceu em R$/US$ 2,55 para o fim de 2014. Para o próximo ano, a expectativa é que a paridade entre real e dólar atinja R$/US$ 2,70, ante R$/US$ 2,67 no último boletim.

    Em relação à Balança Comercial, apesar do forte déficit acumulado até novembro (US$ 4,221 bilhões, conforma apontado no Macro Visão 1589), o mercado manteve a aposta no saldo nulo para o fim desse ano. Para tanto, somente um saldo líquido vultoso no resultado de dezembro (cuja magnitude necessária só foi vista em 2005,2006 e 2010) seria capaz de realizar a projeção atual do boletim. Para 2015, a expectativa é de superávit de US$ 6,31 bilhões, o mesmo da última semana. Já a perspectiva do saldo de Transações Correntes continua deficitária, chegando a US$ 84,23 bilhões no final deste ano, ao passo que para o ano que vem, a esperança é de diminuição do saldo negativo, atingindo US$ 76,55 bilhões.

    Por fim, espera-se que a produção industrial no final de 2014 tenha uma queda de 2,50%, recuo maior que o apresentado na última semana (-2,26%), sendo que esta perda não será recuperada em 2015, cuja expectativa do setor é de expansão em 1,23%.

    Indicadores de emprego mostram resultados negativos em novembro

    O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,3% em novembro, já expurgado os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados na última sexta-feira (05/12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A queda do indicador (de 74,7 para 74,5 pontos) vem após uma forte elevação em outubro (4,3%), sugerindo uma tendência de moderação no mercado de trabalho em novembro. Vale lembrar que o índice busca antecipar a situação deste mercado baseado nas Sondagens da Indústria, Serviços e Expectativa do Consumidor.

    Dos sete componentes avaliados pela pesquisa, cinco apresentaram queda, com destaque para a percepção dos consumidores sobre a disponibilidade de emprego, que caiu 10,1%. Como resultado positivo, ênfase para a avaliação menos pessimista dos industriais sobre a situação de negócios, com avanço de 10,8%.

    A FGV também divulgou na sexta-feira o Índice Coincidente de Desemprego (ICD), que mensura a percepção das famílias quanto ao mercado de trabalho através de dados desagregados da Sondagem do Consumidor. O ICD cresceu 3,0% em novembro, chegando a 74,4 pontos, maior patamar desde abril de 2010, livre de influências sazonais. O resultado sinaliza que a percepção do consumidor em relação ao mercado de trabalho é de piora efetiva, uma vez que, se o índice mostra elevação, a situação relativa ao desemprego tem piorado.

    De acordo com a pesquisa, a classe que mais contribuíram para o crescimento do índice foi a de famílias com renda entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, cujo indicador cresceu 5,9%, além das famílias com renda acima R$ 9.600,00, cuja variação registrada foi de 4,1%.

    EUA: Taxa de desemprego permanece em 5,8% no mês de novembro

    Na última sexta-feira (05/12) foi divulgada a taxa de desemprego dos Estados Unidos pelo seu Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS). Segundo a publicação, a taxa relativa ao mês de novembro permaneceu em 5,8%, mesmo nível apresentado em outubro. Na comparação com o ano anterior, o mercado de trabalho americano evidencia sua melhora, uma vez que em novembro de 2013 a taxa de desocupação do país se encontrava em 7,0%.

    Foram criados 321 mil empregos na passagem mensal, excluídos os efeitos sazonais, resultado este acima da média dos últimos doze meses (224 mil), além de mostrar melhora frente ao apresentado no mês de outubro (243 mil vagas criadas). Destaque para o desempenho no setor de serviços profissionais e de negócios, com criação de 86 mil vagas em novembro, acima de sua média nos últimos doze meses (57 mil). A indústria de transformação, por sua vez, foi responsável pela geração de 28 mil novos empregos no mês em evidencia.

    Na divisão por gêneros, a taxa de desocupação dos homens com mais de 16 anos se encontra em 5,9%, ante 5,6% no mês anterior. Já entre as mulheres com mais de 16 anos, a taxa de desocupação mostrou uma leve melhora, passando de 5,9% para 5,8% entre outubro e novembro.

    Com o ritmo atual de geração de empregos, aliada a tendência decrescente da taxa de desocupação, a economia americana continua dando indícios de que seu crescimento será sustentável, aumentando as apostas quanto uma possível elevação dos juros por parte do FED (Banco Central americano) no segundo semestre do ano que vem, em seu processo de normalização da política monetária.

    Por fim, vale destacar que o aumento de vagas no setor privado mostra descolamento no mês de novembro na comparação com o índice ADP (Macro Visão 1591), uma vez que o BLS registrou a criação de 314 mil vagas, acelerando ante o mês de outubro, quando houve criação de 236 mil vagas. Já o índice ADP exibiu desaceleração, de 233 mil novos empregos em outubro para 208 mil em novembro. Por outro lado, percebe-se a manutenção da mesma tendência na série histórica dos dois indicadores.

    Alemanha: Produção industrial avança 0,2% em outubro

    Nesta segunda-feira (08/12) o Departamento de Estatísticas Oficiais da Alemanha (Destatis) divulgou o resultado mensal da produção industrial do país. De acordo com a publicação, já expurgados os efeitos sazonais, no mês de outubro foi registrado avanço de 0,2% na produção do setor, após exibir crescimento de 1,1% em setembro e retração de 2,3% em agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2013, a indústria alemã registrou expansão de 0,8%, denotando a recuperação gradual da principal indústria europeia.

    Destaque para o avanço no setor de construção (1,4%), seguido pelos resultados positivos na produção de bens intermediários (0,8%) e de bens de consumo (0,5%). Por outro lado, a produção no setor de energia diminuiu 1,1% na passagem mensal, seguida pela fabricação de bens de capital, que mostrou decréscimo de 0,4% no período.

    Os resultados da indústria alemã estão em parte relacionados com o aumento no número de novas encomendas em outubro (2,5%), conforme apontam os dados divulgados na sexta-feira (05/12) pelo Destatis. Houveram avanços tanto das encomendas internas (5,3%), quanto das externas (0,8%), suportada pela maior demanda de bens intermediários (2,5%) e de capital (3,0%). Por outro lado, as encomendas de bens de consumo permaneceram quase estáveis entre setembro e outubro, dado o recuo de -0,1% na leitura atual.

     
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