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Informativo eletrônico - Edição 1638 Sexta-Feira, 27 de fevereiro de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Confiança da indústria cai 3,4% em fevereiro
  • FIESP: Produção industrial paulista inicia 2015 com nova retração

    Economia Internacional

  • Reino Unido: PIB cresce 2,6% em 2014
  • EUA: Deflação chega a 0,7% em janeiro

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • Confiança da indústria cai 3,4% em fevereiro

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (27/02) o seu Índice de Confiança da Indústria (ICI). Segundo a publicação, na passagem de janeiro para fevereiro o ICI registrou queda de 3,4%, após ajuste sazonal, anulando os ganhos do mês de janeiro (1,9%). O indicador passou de 85,9 pontos para 83,0 pontos, abaixo da prévia divulgada no dia 23/02 (Macro Visão 1634), mantendo-se em um patamar muito baixo em termos históricos.

    O Índice de Situação Atual (ISA) exibiu retração de 2,1%, retornando ao patamar de dezembro (84,0 pontos), refletindo a diminuição da proporção de empresas que consideram como "boa" a situação atual dos negócios (de 12,6% para 8,2%), ao passo que a parcela que considera a situação atual como "fraca" apresentou apenas ligeiro avanço (de 31,2% para 31,3%).

    O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, recuou 4,9% em fevereiro, chegando a 81,9 pontos. Tal resultado foi o pior desde abril de 2009 (80,9 pontos). O principal fator que contribuiu com o resultado negativo do IE foi a produção prevista, uma vez que a proporção de empresas que esperam avanço da produção nos próximos três meses caiu de 32,4% para 30,5%, enquanto que a parcela daquelas que projetam redução da produção passou de 13,3% para 21,4%.

    Segundo economista da FGV, a expressiva piora das expectativas exibe o pessimismo do setor que não apresenta crescimento há seis trimestres e possui perspectivas negativas quanto ao curto prazo, apesar da favorável evolução da taxa de câmbio para a atividade.

    FIESP: Produção industrial paulista inicia 2015 com nova retração

    Ontem (26/02) a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) divulgou a Sondagem Industrial do Estado de São Paulo. Segundo a publicação, em janeiro, a produção paulista registrou nova queda, já que reportou 38,5 pontos no mês. A despeito do resultado, a intensidade de retração foi menor do que aquela vista em dezembro, quando o índice chegou a 30,5 pontos. Vale lembrar que este indicador não exibiu resultados de crescimento (acima dos 50,0 pontos) nos últimos quinze meses.

    Além da produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI efetiva/usual) também mostrou diminuição no ritmo de recuo em janeiro (de 32,2 para 33,6 pontos), ganhando 1,4 ponto em relação a dezembro, mas ainda abaixo de sua média histórica (42,7 pontos). Quanto à evolução do número de empregados, o índice caiu 0,3 ponto em janeiro, sinalizando nova retração no número de pessoas nas empresas industriais paulistas, dado o patamar de 41,5 pontos do índice. Além da diminuição, o índice de empregados ainda se encontra abaixo da média da série histórica (47,2 pontos), iniciada em janeiro de 2011.

    As expectativas para os próximos seis meses registraram piora em todos os quatro indicadores acompanhados pela pesquisa, frente ao mês imediatamente anterior. São eles: Condições de Demanda (de 47,0 pontos para 44,3 pontos), Compras de Matérias-Primas (de 45,7 pontos para 42,4 pontos), Número de Empregados (de 43,3 pontos para 40,5 pontos) e Perspectivas para Exportação (47,5 pontos para 45,4 pontos).

    Por fim, a indústria paulista continua mostrando baixa atividade neste início de 2015, sua tendência cadente iniciada em novembro de 2013 mostra-se persistente, de maneira que o pessimismo existente nas expectativas não reflete um cenário favorável para o setor próximos meses. As dificuldades enfrentadas pela economia brasileira atualmente, tais como o ciclo de aumento de juros, a alta da inflação e o arrefecimento da atividade econômica, mantêm a indústria de transformação paulista em um cenário desfavorável.

    Reino Unido: PIB cresce 2,6% em 2014

    O Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do Reino Unido divulgou na manhã de hoje (27/02) o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014. De acordo com a leitura, no ano passado o PIB britânico teve crescimento de 2,6% em comparação ao ano de 2013, confirmando a estimativa realizada pela FIESP (Macro Visão 1618) no dia 27/01. Este resultado refletiu as elevações de 0,7% no primeiro trimestre, 0,8% no segundo, 0,7% no terceiro e de 0,5% no quarto.

    Entre os quatro grandes setores da economia, destaque para o avanço de 3,0% no setor de Serviços em 2014, que contribuiu com cerca de 2,4 p.p. na formação do PIB. Na abertura dos quatro trimestres de 2014, os resultados foram 0,8%, 1,0%, 0,8% e 0,8%, nesta ordem, já descontadas as influências sazonais.

    O setor de Construção, por sua vez, apresentou avanço de 7,3% em relação ao resultado de 2013. O crescimento da atividade no primeiro trimestre foi de 3,1%, seguido por variação de 1,8% no segundo, 2,0% no terceiro e -2,1% no último trimestre do ano. Para o PIB da Agricultura, Silvicultura e Pesca, a expansão foi de 2,6% em 2014. O grupo registrou as seguintes elevações ao longo dos trimestres: 0,7%, 0,1%, 0,7% e 1,6%.

    Por fim, o PIB da Indústria registrou aumento de 1,4% no ano passado, a menor alta entre os setores produtivos, com forte influência dos resultados mais modestos do segundo semestre (variações trimestrais: 0,4%, 0,3%, 0,1% e 0,1%, na ordem). Na abertura pelos subgrupos industriais em 2014, destaque para a Indústria de Transformação (2,7%), seguida por SIUP (-0,1%) e pela Indústria Extrativa (-0,2%). O setor de Energia e Gás mostrou expressiva queda de 5,8% na passagem de 2013 para 2014.

    Em suma, a economia do Reino Unido segue na trajetória de recuperação consistente, impulsionada especialmente pelo setor de serviços. Com isso, o nosso prognóstico contempla a normalização da política monetária do BoE (Banco Central da Inglaterra) em breve.

    EUA: Deflação chega a 0,7% em janeiro

    Ontem (26/02) o Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos Estados Unidos divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país. De acordo com a publicação, livre de efeitos sazonais, registrou-se uma queda de 0,7% no nível de preços no mês de janeiro, ante recuo de 0,3% em dezembro. No resultado acumulado em doze meses findos em janeiro, verifica-se deflação de 0,1%.

    Dentre as onze grandes classes de despesa, quatro registraram inflação no período: Serviços de Transporte (de 0,0% para 0,4%), Habitação (de 0,2% para 0,3%), Vestuário (de -0,8% para 0,3%), e Serviços de Assistência Médica (de 0,3% para 0,1%).

    Por outro lado, no que diz respeito às classes que registraram variação negativa em janeiro, destaque para Energia (de -4,7% para -9,7%), cuja deflação acumulada nos últimos doze meses chegou a 19,6%, reflexo da queda do preço internacional do petróleo. Também houve deflação nos seguintes grupos: Novos Veículos (de 0,0% para -0,1%); Carros Usados e Caminhões (de -0,8% para -0,1%); Fumo (de 0,4% para -0,2%); Bebidas Alcoólicas (de -0,3% para -0,3%); e Mercadorias para Assistência Médica (de 0,9% para -0,3%).

    Por fim, o grupo de Alimentos exibiu estabilidade em janeiro (0,0%), ante alta de 0,2% no mês imediatamente anterior.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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