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Informativo eletrônico - Edição 1649 Segunda-Feira, 16 de março de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado eleva projeções para o dólar em 2015 e 2016
  • Banco Central: Atividade econômica recua em janeiro
  • Markit: Empresas se mostram menos propensas a aumento de produção

    Economia Internacional

  • EUA: Confiança do Consumidor recua em março

    Projeções de Mercado

    Dados da Economia Brasileira

  • FOCUS: Mercado eleva projeções para o dólar em 2015 e 2016

    Na sexta-feira (13/03) o Banco Central divulgou o seu boletim FOCUS, relatório que contém as projeções do mercado em relação as principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, a perspectiva para o ano de 2015 é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresente redução de 0,78% (nova revisão frente a queda de 0,66% esperada na semana anterior). Já para 2016, a estimativa de crescimento do PIB diminuiu de 1,40% para 1,30%. Vale ressaltar que para o resultado efetivo de 2014, que será conhecido no final deste mês, o mercado possui perspectiva de estagnação (0,00%).

    No boletim desta semana, o mercado informa que o IPCA pode chegar a 7,93% (ante 7,77% da semana anterior). Para 2016, o centro da meta ainda não deve ser atingido, visto que as apostas para a inflação estão em 5,60%. Os Preços Administrados, por sua vez, devem apresentar aumento de 12% este ano.

    No que tange à Taxa de Câmbio, o mercado sobe a expectativa de R$/US$ 2,95 para R$/US$ 3,06 em 2015, chegando a R$/US$ 3,11 em 2016. Em relação a taxa básica de juros, as projeções da SELIC chegam a 13,00% em 2015, com redução para 11,50% em 2016.

    Para o setor externo, as perspectivas caíram em relação à semana anterior. Em 2015, o superávit previsto para a Balança Comercial passou de US$ 4,00 bilhões para US$ 3,00 bilhões, ao passo que para 2016, o saldo recuou de US$ 10,40 bilhões para US$ 10,00 bilhões. A projeção para o resultado das Transações Correntes deste ano indica déficit de US$ 79,50 bilhões, seguido por um déficit de US$ 70,00 bilhões no próximo ano.

    Por fim, destaque também para a redução esperada para produção industrial este ano, cuja projeção de queda se intensificou fortemente ao passar de -1,38% para -2,19%, ao passo que para 2016 estimou-se um crescimento menor (de 2,40% para 1,68%).

    Banco Central: Atividade econômica recua em janeiro

    Nesta manhã (16/03) o Banco Central divulgou o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), proxy mensal do PIB. Segundo a publicação, livre de efeitos sazonais, em janeiro o índice exibiu recuo de -0,1%, chegando a segunda queda consecutiva (visto que em dezembro de 2014 o indicador recuou 0,6%). Tal resultado esteve em linha com as perspectivas do DEPECON/FIESP (-0,1%) e distante da média do mercado, que esperava um avanço (0,1%).

    A queda do IBC-Br vem em sentido opostos aos principais indicadores mensal de atividades. Segundo divulgado pelo IBGE, o volume de vendas varejo ampliado cresceu 0,6% entre dezembro e janeiro (Macro Visão 1648), ao passo que a produção industrial avançou 2,0% em igual período (Macro Visão 1641).

    Com o resultado atual, o índice fica 1,8% abaixo do patamar aferido em janeiro de 2014, após ter crescido 0,7% em dezembro, na métrica interanual. No acumulado em doze meses findos em janeiro, foi visto retração de 0,4%.

    Em suma, o fraco desempenho da atividade econômica do país neste início de ano está em linha com os baixos índices de confiança exibidos tanto pelos empresários quanto pelos consumidores, que passam por um cenário adverso de ajustes e incertezas políticas.

    Markit: Empresas se mostram menos propensas a aumento de produção

    Na manhã de hoje (16/03) o instituto Markit divulgou o relatório de Perspectivas de Negócios do Brasil (Brazil Business Outlook, em inglês) relativo ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, a porcentagem de empresas privadas que projetam alta na produção dentro dos próximos doze meses atingiu seu novo mínimo histórico (28%). Tal comportamento é reflexo da deterioração da confiança tanto na indústria de transformação quanto no setor de serviços.

    Espera-se que as condições de demanda melhorem dentro dos próximos doze meses, de maneira que, para aumentar a produção, as empresas privadas têm buscado a diminuição de custos, o aumento da produtividade e novas estratégias de marketing. Entretanto, existem preocupações quanto aos problemas de gestão da Petrobrás, as tensões políticas atuais, a materialização da crise hídrica e energética, e ao elevado nível de inflação, que, em última análise, impactam negativamente os avanços esperados.

    Segundo economista do instituto Markit, as empresas brasileiras registram as expectativas menos otimistas para os negócios desde que os dados compostos da indústria de transformação e de serviços foram divulgados pela primeira vez, no final de 2009. Assim, apesar da expectativa positiva frente à realização de novas encomendas, a economia brasileira permanece arrefecida. Já as intenções de contratações têm avançado, mas mantém seu foco no setor de serviços. No mais, a pressão sobre os preços deve se intensificar, fazendo com que a inflação brasileira alcance um dos maiores níveis do mundo.

    EUA: Confiança do Consumidor recua em março

    Na última sexta-feira (13/03) a Universidade de Michigan divulgou a versão preliminar de seu Índice de Confiança do Consumidor dos Estados Unidos. Segundo a publicação, a confiança recuou 4,4% na passagem de fevereiro para março (de 95,4 para 91,2 pontos). Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador exibiu expressivo avanço (14,0%), uma vez que o índice encontrava-se em 80,0 pontos em março de 2014. Tais dados não possuem ajustes sazonais. O resultado efetivo para o mês será divulgado dia 27/03.

    O Índice de Situação Atual (ISA) passou de 106,9 pontos em fevereiro para 103,0 pontos em março, contabilizando a uma queda de 3,6%. Na comparação com março de 2014 (95,7 pontos), a alta estimada foi de 7,6%.

    No que tange ao Índice de Expectativas, verificou-se queda de 4,9% entre os meses de fevereiro e março (de 88,0 para 83,7 pontos), ao passo que na comparação com março de 2014 (70,0 pontos), a confiança cresceu 19,6%.

    Assim, o resultado da Índice de Confiança do Consumidor foi reflexo tanto das quedas das avaliações atuais quanto das expectativas do consumidor. Parte desse efeito foi ocasionado pela retração na renda das famílias, associada aos maiores custos de utilidade e aos distúrbios no comércio e nos negócios devido aos severos efeitos climáticos do inverno americano. Entretanto, apesar do recuo atual, a confiança do consumidor americano permanece em níveis elevados, de maneira que projeta-se avanço de 3,3% do consumo doméstico em 2015.

     
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