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Informativo eletrônico - Edição 1641 Quarta-Feira, 04 de março de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial cresce 2,0% em janeiro
  • FENABRAVE: Vendas de veículos cai 3,5% em fevereiro

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: PMI Composto mantêm aceleração em fevereiro
  • China: Atividade econômica acelera em fevereiro

    Dados da Economia Brasileira

  • Produção industrial cresce 2,0% em janeiro

    A produção industrial cresceu 2,0% na passagem de dezembro para janeiro, livre de influências sazonais. Os dados foram divulgados hoje (04/03) pelo IBGE em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM). A leitura surpreende positivamente o mercado, que esperava um avanço de menor intensidade (1,1%), e ficou em linha com a projeção do Depecon/Fiesp (1,9%). O crescimento atual não reverte as perdas acumuladas no último bimestre de 2014 (-4,3%).

    O avanço da indústria em janeiro é suportado pela alta da produção tanto da Industria de Transformação (1,8%) quanto da Indústria Extrativa (2,1%), ambas na comparação mensal e dessazonalizada.

    Dentre as 24 atividades pesquisadas, 13 exibiram crescimento da produção na passagem de dezembro para janeiro, a saber: a produção de Alimentos (3,9%) apresentou a alta de maior impacto no mês, reduzindo parcialmente as perdas de 4,5% nos últimos dois meses de 2014. Além desta, as atividades de Máquinas e equipamentos (7,6%), Metalurgia (5,4%), e Máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos (9,0%) também registraram importantes avanços nesta leitura. No sentido oposto, dentre os onze segmentos que reduziram a produção, destacam-se: Coque, produtos derivados de Petróleo e Biocombustíveis (-5,8%), Perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,8%) e Confecção de artigos de vestuário e acessórios (-5,8%).

    Na abertura por categoria de uso, apenas duas exibiram crescimento no primeiro mês do ano. A produção de Bens de Capital registrou aumentou de 9,1%, reflexo da elevação na produção de caminhões e minimizando as perdas acumuladas nos três meses precedentes (-13,4%). O seguimento de Bens Intermediários subiu 0,7%, após acumular retração de 2,6% entre setembro de dezembro de 2014. Por outro lado, a produção de bens de consumo duráveis (-1,4%) e de bens de consumo não duráveis (-0,3%) chegaram a quarta queda mensal seguida, acumulando perdas de 8,2% e 4,3%, respectivamente, neste período.

    Quando comparamos os resultados de janeiro de 2015 frente a igual mês de 2014, a leitura é predominantemente negativa. Dentre as atividades (com queda em 20 das 26 aportadas), o maior impacto negativo veio de Veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,2%), seguido por Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,1%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,2%) e Máquinas e equipamentos (-10,9%). Já aqueles que avançaram perante a janeiro de 2014, destaque para o desempenho da indústria extrativa (10,4%).

    Todas as categorias de uso exibem perdas na comparação interanual, com destaque para a retração na produção de bens de capital (-16,4%) e bens de consumo duráveis (-13,9%). Já bens de consumo semi e não-duráveis (-5,3%) e bens intermediários (-2,4%) exibiram recuos de menor magnitude.

    Em suma, a alta da produção da indústria em janeiro deste ano não foi suficiente para reverter a expressiva queda acumulada no último bimestre do ano passado. Entre as adversidades, a trajetória declinante da confiança do empresariado, bem como os elevados níveis de estoques e as incertezas em relação ao cenário global e doméstico ainda deverão continuar restringindo uma recuperação da indústria ao longo de 2015. Portanto, avaliamos que o crescimento observado em janeiro não configura uma reversão de tendência da atividade industrial para um cenário de retomada, e sim um resultado bastante influenciado pela baixa base de comparação.

    FENABRAVE: Vendas de veículos cai 3,5% em fevereiro

    O volume de vendas de veículos automotores – exclusive máquinas agrícolas – registrou queda de 3,5% na passagem de janeiro para fevereiro, já expurgados os efeitos sazonais, conforme os dados divulgados ontem (03/03) pela Fenabrave. Esta é a terceira queda consecutiva das vendas, dado as perdas de 1,0% em dezembro e 7,7% em janeiro, ambas na base mensal e ajustadas sazonalmente.

    Na comparação interanual, a queda chegou a 26,2% em fevereiro, acelerando ante o resultado exibido em janeiro (-18,1%). Quanto ao acumulado em doze meses, a retração foi de 11,0%, sendo esta a trigésima quarta queda consecutiva nesta base comparativa.

    A queda na passagem mensal é explicada pelas retrações em todas as categorias analisadas. A categoria de automóveis, que possui o maior volume de vendas, exibiu queda de 3,9% entre janeiro e fevereiro, acelerando ante a leitura anterior (-1,3%). Tal tendência foi seguida pela categoria de Comerciais Leves, que apesar da forte retração de janeiro (-41,6%), exibiu nova queda na passagem mensal (-3,5%). Apesar de ainda demonstrar recuo, houve desaceleração na categoria de Caminhões (de -28,2% em janeiro para -17,9% em fevereiro), ao passo que as vendas de Ônibus aferiram perdas de 15,2% na passagem mensal, anulando parte dos ganhos registrados no mês anterior (24,2%). Por fim, constatou-se queda de 1,6% na categoria de Motocicletas, ante avanço de 2,6% no mês de janeiro.

    Na comparação interanual, os resultados também mostram-se predominantemente negativos. As quedas mais expressivas foram de Comerciais Leves (-54,2%) e Caminhões (-50,6%), seguidas das retrações nas vendas de Ônibus (-33,3%), Motocicletas (-21,5%) e Automóveis (-18,0%).

    Assim, o setor de autoveículos continua a demonstrar resultados predominantemente negativos, não sinalizando recuperação dentro dos próximos meses. Tal fato pode ser visto como um desdobramento das quedas na confiança do consumidor (Macro Visão 1636) e na confiança da indústria (Macro Visão 1638).

    Zona do Euro: PMI Composto mantêm aceleração em fevereiro

    Na manhã de hoje (04/03) o Instituto Markit divulgou o resultado do Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto da Zona do Euro. Segundo os dados referentes ao mês de fevereiro, o índice registrou aceleração da atividade econômica da região ao passar de 52,6 pontos em janeiro para 53,3 pontos em fevereiro. Esta é a terceira aceleração consecutiva do índice e o seu maior patamar desde julho de 2014. Vale salientar que índices acima de 50,0 pontos denotam expansão da atividade econômica da Zona do Euro.

    O PMI da Indústria de Transformação (Macro Visão 1639) da região manteve o mesmo ritmo de expansão do mês de janeiro (51,0 pontos), enquanto que o PMI de Serviços puxou a aceleração da atividade da zona ao passar de 52,7 pontos em janeiro para 53,7 pontos em fevereiro.

    Dentre os países-membros, o resultado do mês atual foi influenciado positivamente pela aceleração da Irlanda (60,7 pontos), da Alemanha (53,8 pontos) e da França (52,2 pontos). A Espanha (56,0 pontos) e a Itália (51,0) ainda registram significativo ritmo expansivo da atividade econômica, mas em menor intensidade que o mês anterior.

    De acordo com economista-chefe do instituto Markit, a economia da Zona do Euro sinaliza uma retomada do crescimento na região, reflexo do avanço da confiança do consumidor e do crescimento do número de novos negócios. Assim, espera-se que essa tendência de crescimento continue em março levando ao crescimento de 0,3% do bloco no primeiro trimestre de 2015.

    China: Atividade econômica acelera em fevereiro

    Segundo dados divulgados ontem (03/03) pelo HSBC/Markit, o Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto da China registrou avanço na taxa de expansão de sua atividade econômica na passagem de janeiro para fevereiro. O índice chegou a 51,8 pontos na leitura atual, ante 51,0 pontos no mês anterior. Vale lembrar que índices acima de 50,0 pontos sinalizam expansão da atividade no mês analisado.

    O PMI da Indústria de Transformação chinês chegou, em fevereiro, a 50,7 pontos, sinalizando retomada da expansão do setor, uma vez que no mês de janeiro o índice apontou retração da indústria do país (49,7 pontos). Já o PMI de Serviços passou de 51,8 para 52,0 pontos, demonstrando aceleração da atividade do setor.

    Quanto aos componentes avaliados, destaque para o crescimento de novos negócios tanto na indústria de transformação quanto no setor de serviços. Por outro lado, o setor de serviços apresentou desaceleração na criação de novos empregos, ao passo que a indústria registrou menor ritmo de corte no número de funcionários.

    De acordo com economista do instituto Markit, o setor de serviços da China mantém-se em expansão, de maneira que o avanço no número de novas encomendas consolidará novo crescimento nos próximos meses. Já a indústria de transformação aponta para um crescimento estável no mês de fevereiro.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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