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Informativo eletrônico - Edição 1693 Quinta-Feira, 21 de maio de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Índice de Atividade Econômica recuou 0,8% no primeiro trimestre
  • Taxa de desemprego avança para 6,4% em abril
  • Prévia da Confiança da indústria sinaliza novo recuo em maio

    Economia Internacional

  • Markit: Atividade econômica da Zona do Euro desacelera em maio

    Dados da Economia Brasileira

  • Índice de Atividade Econômica recuou 0,8% no primeiro trimestre

    Na manhã de hoje (21/05) o Banco Central do Brasil divulgou seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), comumente utilizado pelos agentes econômicos como proxy mensal para o PIB. No mês de março, já descontados os efeitos sazonais, o índice apresentou queda de 1,07% em relação ao mês anterior, quando havia registrado alta de 0,59%. Tal resultado surpreendeu negativamente as projeções do Depecon/Fiesp (-0,1%) e do mercado (-0,5%), mas vale ressaltar que este descolamento ocorreu, principalmente, devido à revisão de toda série histórica do índice pelo novo padrão das contas nacionais do IBGE. Para corroborar tal afirmativa, a estimativa realizada pelo Depecon/Fiesp utilizando a nova série histórica do índice até fevereiro indicou queda de 1,13% em março, em linha com o resultado efetivo do mês em questão.

    O recuo da atividade em março já foi antecipado pelos resultados negativos verificados tanto no varejo quanto na indústria. Em março foi registrada queda de 1,6% do comércio varejista em seu conceito ampliado (Macro Visão 1688) e retração de 0,8% na indústria (Macro Visão 1682).

    Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice apresentou alta de 0,54%, após quedas de 4,13% em fevereiro e de 2,46% em janeiro, na mesma base comparativa. No que tange à variação acumulada em doze meses findos em março, verificou-se queda de 1,26%, sendo este o quinto recuo consecutivo nesta métrica. Já no resultado acumulado do ano, o índice já acumula contração de 1,98%, em linha com o recente arrefecimento da atividade econômica atual.

    Por fim, na passagem do quarto trimestre de 2014 para o primeiro trimestre de 2015, verificou-se o recuo de 0,81%, após ajuste sazonal, completando a segunda retração seguida na base de comparação trimestral (dado o recuo de 0,21% no IBC-Br do último trimestre de 2014). Assim, o índice sinaliza que a economia brasileira deverá registrar retração no PIB do primeiro trimestre deste ano.

    Taxa de desemprego avança para 6,4% em abril

    Na manhã de hoje (21/05) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME), contendo a taxa de desemprego nacional, baseada no resultado de seis regiões metropolitanas do país. Segundo a pesquisa, a taxa de desocupação avançou de 6,2% em março para 6,4% em abril. Vale lembrar que no quarto mês do ano passado tal taxa se encontrava no patamar de 4,9%.

    A População Desocupada permaneceu em 1,6 milhões de pessoas, ao passo que a População Econômica Ativa (PEA) avançou de 24,2 para 24,4 milhões, explicando o desempenho altista da taxa na passagem para o quarto mês do ano. A População Ocupada, por sua vez, chegou a 22,8 milhões de pessoas nas seis regiões abrangidas pela pesquisa.

    Por fim, na análise regional, poucas alterações foram verificadas entre março e abril. Por outro lado, na comparação com abril de 2014, temos as seguintes elevações nas taxas de desemprego: Salvador (de 9,1% para 11,3%), Belo Horizonte (de 3,6% para 5,5%), Porto Alegre (de 3,2% para 5,0%), Rio de Janeiro (de 3,5% para 5,2%), Recife (de 6,3% para 7,8%) e São Paulo (de 5,2% para 6,3%).

    Prévia da Confiança da indústria sinaliza novo recuo em maio

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (21/05) o resultado prévio do Índice de Confiança da Indústria. No resultado atual, já expurgados os efeitos sazonais, verificou-se retração de 0,7% na passagem de abril para maio, chegando a quarta queda seguida, período em que já acumula perdas de 15,8%. Assim, o índice chega ao nível de 72,3 pontos, o menor desde o início da série mensal em outubro de 2005, ao passo que, se considerando os resultados trimestrais divulgados de 1995 a 2005, o patamar atual seria o menor desde outubro de 1998 (69,5 pontos).

    A queda deste mês é explicada tanto pela pior avaliação da situação atual quanto no que diz respeito às expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,1% na passagem mensal, sendo a principal contribuição negativa em maio. Já o Índice de Expectativas, por sua vez, apresentou contração de 0,3% e alcançou o seu novo mínimo histórico (69,4 pontos).

    No mais, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) sinaliza queda de 0,9 p.p. (de 79,9% para 79,0%), sendo este seu nível mais baixo desde maio de 2009 (78,9%). Os resultados efetivos do ICI serão divulgados no dia 27/05.

    Markit: Atividade econômica da Zona do Euro desacelera em maio

    Na manhã de hoje (21/05) foi divulgado pelo Instituto Markit a prévia do PMI (Índice Gerência de Compras) Composto da Zona do Euro. Segundo a instituição, o indicador passou de 53,9 para 53,4 pontos entre abril e maio, sugerindo desaceleração da atividade econômica da região pelo segundo mês seguido. A estimativa reflete um menor desempenho do PMI de Serviços (de 54,1 para 53,3 pontos) - lembrando que o setor detém maior peso econômico - ao passo que a atividade mensurada pelo PMI da indústria registrou aceleração (de 52,0 para 52,3 pontos). Apesar dos resultados, a atividade econômica da área de moeda única segue em expansão, dado patamar superior aos 50,0 pontos de seus indicadores.

    No que tange ao seus subíndices, o arrefecimento da atividade é explicado pelo menor ritmo de expansão nos indicadores de novos pedidos e de produção. De fato, o índice de novos pedidos atingiu o menor patamar desde março, principalmente pelo setor de serviços, ao passo que o índice de produção, que cresce pelo vigésimo terceiro mês seguido, atinge o menor ritmo desde fevereiro. Por sua vez, o indicador relativo ao emprego chegou ao maior ritmo dos últimos quatro anos, explicado pelo bom desempenho tanto no setor de serviços quando pela indústria.

    Quanto ao resultado dos dois principais países-membros, destaque para o arrefecimento da atividade da Alemanha (cujo PMI Composto passou de 54,1 para 52,8 pontos), atingindo o menor ritmo em cinco meses, ao passo que o índice prévio relativo à França avançou entre abril e maio (de 50,6 para 51,0 pontos).

    Por fim, na avaliação do economista-chefe da Markit responsável pela pesquisa, os resultados de abril e maio sugerem um crescimento do PIB da região no segundo trimestre próximo aquele verificado nos três primeiros meses do ano (0,4%), o que não gera preocupações, mas deixa em alerta os resultados efetivos alcançados através dos recentes estímulos monetários adotados pelo Banco Central Europeu. Vale lembrar que grande parte do desempenho positivo aferido pela região está nas exportações (com forte influência da desvalorização do euro), e não no consumo doméstico. O ponto positivo fica com a robusta recuperação no mercado de trabalho, embora de forma não homogenia entre os países.

     
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