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Informativo eletrônico - Edição 1706 Quinta-Feira, 11 de junho de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Internacional

  • Banco Mundial: PIB do Brasil deve recuar 1,3% em 2015
  • EUA: Vendas no varejo crescem 1,2% em maio
  • China: Atividade interrompe ritmo de desaceleração em maio

    Dados da Economia Brasileira

  • Banco Mundial: PIB do Brasil deve recuar 1,3% em 2015

    Ontem (10/06) o Banco Mundial divulgou o seu relatório Panorama Econômico Global (Global Economic Prospects – GEP), o qual apresenta as perspectivas econômicas da instituição relativas às principais economias do mundo. No relatório referente ao mês de junho, a projeção do crescimento mundial para 2015 foi revisada para 2,8%, ante expectativa de 3,0% divulgada no relatório do mês de janeiro (Macro Visão 1609). Já para 2016, o relatório prevê aceleração do ritmo de crescimento da economia mundial, que deve chegar a 3,3%.

    Dentre os países com alto nível de renda, verificou-se revisão baixista para o crescimento médio em 2015 (de 2,2% em janeiro para 2,0% em junho). De maneira análoga, as projeções para o crescimento das economias em desenvolvimento também apresentaram uma revisão negativa (de 4,8% para 4,4%). Já para 2016, estima-se que tais grupos crescerão 2,4% e 5,2%, respectivamente.

    Vale ressaltar que uma importante mudança na composição da atividade global deve ser verificada nos próximos anos: a contribuição do crescimento mundial por parte das econômicas em desenvolvimento diminuíram (de 56,8% entre 2011 e 2014 para 53,3% do crescimento entre 2015 e 2017).

    Dentre as economias consideradas de alta renda, o principal destaque se dá para os Estados Unidos, que deve apresentar crescimento de 2,7% neste ano e de 2,8% no ano seguinte. Já para a Zona do Euro, estima-se crescimento de 1,5% em 2015, com aceleração para 1,8% em 2016.

    No que tange às regiões em desenvolvimento, nota-se expressiva redução das expectativas de crescimento para a América Latina tanto para 2015 (de 1,7% para 0,4%) quanto para 2016 (de 2,9% para 2,0%). Destaque para o Brasil, cuja projeção para o crescimento econômico de 2015 foi revisada de 1,0% para -1,3%, mesmo nível apresentado pelo Banco Central em seu último Boletim FOCUS (Macro Visão 1703). Para 2016, espera-se alta de 1,1%.

    O relatório ainda trata da análise da recente queda dos preços das commodities na atividade das economias em desenvolvimento que exportam tais produtos, em especial no que diz respeito à metais e minérios. De acordo com o estudo, em meados dos anos 2000 foi verificado uma aceleração no ritmo de crescimento e de investimentos das economias em desenvolvimento, sendo tal movimento causado, em grande parte, pelo aumento nos preços das commodities e pela demanda crescente da China. Em 2014, com o arrefecimento econômico da China e com a queda dos preços das commodities, houve apenas um crescimento marginal dessas economias, o que indica um expressivo enfraquecimento econômico ante os últimos anos. Apesar de possuir grande foco na África, tal movimento também foi verificado no Brasil, dada a grande importância relativa destes produtos na pauta exportadora do país.

    Por fim, outro ponto abordado pelo relatório se dá na análise dos impactos do aumento das taxas de juros dos EUA em economias emergentes. Segundo a publicação, caso as taxas de juros, que encontram-se em baixos patamares desde a crise de 2009, venham a subir, existe a possibilidade de tais países enfrentarem um significativo arrefecimento, além de incerteza quanto sua política econômica e a existência de uma vulnerabilidade prolongada. A instituição propõe, portanto, que as economias emergentes devem focar suas políticas fiscais e monetárias de forma que venham a reduzir suas vulnerabilidades externas e fortaleçam sua política de credibilidade de modo a garantir um melhor panorama de crescimento nos próximos anos.

    EUA: Vendas no varejo crescem 1,2% em maio

    O Census Bureau divulgou na manhã de hoje (11/06) os resultados de maio para o setor varejista dos Estados Unidos. Conforme o relatório, as vendas cresceram 1,2% na passagem de abril para maio, já expurgados as influências sazonais, após terem registrado praticamente estabilidade na última leitura (0,2%). Ao se comparar com igual mês do ano anterior, as vendas em maio cresceram cerca de 2,7%.

    O resultado atual reflete os bons resultados nas principais atividades avaliadas, com destaque para a alta nas vendas de veículos (2,0%), acompanhada pelo maior comercio de gasolina (3,7%), materiais de construção (2,1%), vestuário (1,5%) e pelo sutil aumento nas vendas de alimentos e bebidas (0,2%).

    Por fim, a melhora no resultado do comercio varejista neste segundo trimestre aumenta as expectativas quanto a recuperação da atividade economia americana após um fraco primeiro trimestre, além de aumentar as apostas por parte do mercado quanto a normalização da política monetária do país pelo FED (Banco Central americano) ainda este ano.

    China: Atividade interrompe ritmo de desaceleração em maio

    Na manhã de hoje (11/06), o Instituto Nacional de Estatísticas da China (NBS) divulgou os resultados relacionado a produção industrial e o volume de vendas no varejo do país. Os dois indicadores revelaram maior expansão em maio, frente a igual mês do ano anterior, com aceleração de 5,9% para 6,1% na indústria e de 10,0% para 10,1% no setor varejista.

    A explicação para o avanço da atividade industrial decorre do crescimento nos diversos segmentos da indústria chinesa, como, por exemplo, a expansão de 6,7% do segmento de bens de consumo, com a elevação em 9,3% em tecnologia de ponta e de 8,7% na indústria farmacêutica. Quanto as vendas no varejo destaque para o crescimento no comercio de bens de consumo (10,4%), sobretudo de alimentos e bebidas (11,5%).

    Vale ressaltar também a divulgação dos investimentos, que cresceram 11,4% nestes cinco primeiros meses do ano, frente igual período do ano passado, quando haviam crescido 12,0%.

    De forma geral, o mercado sinaliza que esta interrupção (momentânea ou não) da tendência de desaceleração da economia chinesa pode refletir o início dos impactos das políticas de estimulo adotadas desde final do ano passado.

     
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