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Informativo eletrônico - Edição 1712 Sexta-Feira, 19 de junho de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBC-Br: Atividade economia já acumula queda de 2,23% no ano
  • Em tendência oposta aos últimos anos, IPCA-15 acelera em junho
  • FIESP/CNI: Empresário industrial segue pessimista em junho
  • FUNCEX: Termos de troca segue tendência de queda

    Economia Internacional

  • EUA: Inflação acelera em maio

    Agenda Semanal

    Dados da Economia Brasileira

  • IBC-Br: Atividade economia já acumula queda de 2,23% no ano

    Na manhã de hoje (19/06) foi divulgado pelo Banco Central seu Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), que serve como uma proxy mensal para os resultados do PIB. De acordo com a instituição, a atividade econômica brasileira voltou a recuar em abril (-0,84%), na comparação com março, após devidos ajustes sazonais. O resultado veio abaixo do projetado pelo Depecon/FIESP e pelo mercado, que esperavam queda de menor intensidade (ambos projetavam retração de 0,40%). Com o resultado, o índice já acumula perdas de 2,23% no ano e de 1,30% em doze meses.

    O IBC-Br recuou acompanhando o desempenho negativo do volume de vendas no comércio, que registrou queda de 0,30% em abril (Macro Visão 1709), além da retração de 1,20% da produção industrial (Macro Visão 1701) no mês em questão.

    Ademais, o índice inicia o segundo trimestre do ano com nova queda, em linha com a deterioração adicional dos índices de confiança e de atividade (produção industrial e comercio). Para os próximos meses ainda não há sinais de recuperação, alimentando a expectativa de que a contração do PIB no segundo trimestre será superior em relação a verificada nos primeiros três meses de 2015.

    Em tendência oposta aos últimos anos, IPCA-15 acelera em junho

    Na manhã de hoje (19/06) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). Segundo a leitura referente ao mês de junho, o índice exibiu alta de 0,99%, acelerando ante o resultado do mês de maio (0,60%). Esta é a maior variação para meses de junho desde 1996 (1,11%). Dessa forma, o IPCA-15 acumula alta de 6,28% no ano, aproximando-se do teto da meta de inflação (6,50%) apenas nos seis primeiros meses. Já no acumulado em doze meses, a alta registrada foi de 8,80%.

    No que tange aos preços administrados, em junho constatou-se alta de 1,42%, ante 0,90% no mês anterior, contribuindo, assim com 0,34 p.p. no índice geral. Tal aceleração se deu como reflexo das altas registradas nos jogos de azar (37,77%), nas taxas de água e esgoto (3,76%) e nos preços da gasolina (0,65%).

    Os preços livres, por sua vez, também aceleraram (de 0,51% para 0,86%), contribuindo com 0,65 p.p. no índice geral. Em sua abertura por critério do Banco Central, a principal contribuição adveio do segmento de Serviços (0,28 p.p.), cuja inflação passou de 0,15% em maio para 0,79% em junho, reflexo da alta de 29,54% no preço das passagens aéreas. Já os segmentos de Alimentação e Produtos Industriais registraram contribuição de 0,24 p.p. e 0,13 p.p., respectivamente.

    Na abertura por classes de despesa, cinco dentre os nove grupos avaliados apresentaram aceleração no mês em questão. Dentre eles, destaque para Alimentação e Bebidas, que contribuiu com 0,30 p.p. no resultado geral do mês, refletindo a alta de 1,21% registrada no mês de junho, ante 1,05% em maio. Também exibiram aceleração: Despesas Pessoais (de 0,18% para 1,79%); Habitação (de 0,85% para 1,03%); Artigos de Residência (de 0,41% para 0,69%); e Educação (de 0,09% para 0,18%). Por outro lado, apresentaram desaceleração: Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,79% para 0,87%); Vestuário (de 0,80% para 0,68%); e Comunicação (de 0,22% para 0,08%). Também exibiu inflação a classe de Transportes (0,85%), ante deflação de 0,45% registrada no mês imediatamente anterior.

    Por fim, na abertura regional, destaque para a alta dos preços em Recife (1,41%), Belém (1,33%) e Fortaleza (1,15%). Em sentido contrário, as menores taxas de inflação de junho foram verificadas em Goiânia (0,54%) e Belo Horizonte (0,86%). Já São Paulo e Rio de Janeiro, duas das regiões com maior importância econômica no país, exibiram inflação de 0,94% e 0,89% no mês atual, respectivamente. A inflação em doze meses das duas regiões já supera a média nacional (8,89% e 9,65%).

    FIESP/CNI: Empresário industrial segue pessimista em junho

    O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) exibiu leve avanço na passagem de maio para junho (de 38,6 para 38,9 pontos), mas ainda permaneceu muito abaixo do nível de estabilidade (50,0 pontos) e 17,2 pontos abaixo de sua média histórica (56,1 pontos), segundo os dados divulgados ontem (18/06) pela CNI. Dessa forma, houve aceleração do ritmo de alta do ICEI em relação à variação registrada no mês precedente (de 0,3% para 0,8%).

    A FIESP/CNI também divulgou ontem (18/06) o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP). De acordo com a leitura atual, recuou para 32,8 pontos em junho, novo mínimo histórico, encontrando-se, a 17,2 pontos distante do nível de estabilidade (50,0 pontos). Assim, o indicador passa para o seu vigésimo primeiro mês em quadro de pessimismo, estando 19,1 pontos abaixo de média histórica (51,9 pontos).

    Na abertura do ICEI-SP, o indicador de condições atuais chegou a 25,4 pontos em junho, ante 26,7 pontos em maio, enquanto que o indicador de expectativas para os próximos seis meses recuou para o nível de 36,6 pontos. Dessa maneira, ambos encontram-se em seus novos mínimos históricos.

    Na análise dos resultados atuais, o ICEI-SP apresentou os piores resultados de sua série histórica, demonstrando, assim, aprofundamento do pessimismo do setor tanto acerca do cenário atual da economia brasileira quanto no que diz respeito às expectativas para os próximos meses. Conclui-se, portanto, que o setor não exibirá sinais de recuperação dentro dos próximos meses.

    FUNCEX: Termos de troca segue tendência de queda

    Nesta quinta-feira (18/06) a FUNCEX (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior) divulgou seus resultados para o comercio exterior brasileiro referente ao mês de maio. De acordo com a instituição, na comparação contra maio do ano passado, o volume de exportações em quantum avançou 4,8%, entretanto, o preço de tais exportações diminuíram 23%, em igual base comparativa, impactando negativamente o volume vendidos em dólares. Em relação as importações, tanto o quantum (-21,6%) quanto os preços (-10,9%) recuaram no período, explicado pela menor demanda doméstica.

    A queda das exportações, na base interanual, foi explicada pela menor venda de bens de capital (-28,2%) e de consumo duráveis (-6,5%), ao passo que as exportações de bens de consumo não duráveis (1,1%) e intermediários (6,1%) tenham avançado (embora seus preços tenham diminuído: -15,2% e -23,3%, respectivamente). Por sua vez, as importações recuaram nas categorias de bens de capital (-34,0%), consumo duráveis (-33,0%) e intermediários (21,3%), tendo apenas os não duráveis (0,5%) registrado ligeira alta.

    Por fim, o Índice de Termos de Troca calculado pela FUNCEX ficou praticamente estável na passagem de abril para maio (0,1%), após ter recuado 6,6% na última leitura. Quando se comparado a maio de 2014, tal índice recua 13,6%, fortemente explicado pela queda recente nos preços das commodities, que representa a maior parte da pauta exportadora brasileira, mantendo a tendência da deterioração dos termos de troca.

    EUA: Inflação acelera em maio

    O Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos Estados Unidos divulgou ontem (18/06) o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do país. No resultado referente ao mês de maio, já descontados os efeitos sazonais, a inflação exibiu alta de 0,4%, acelerando frente o resultado constatado no mês de abril (0,1%). Vale ressaltar que os Estados Unidos, diferentemente dos dados de inflação no Brasil, divulgam os resultados do CPI com ajuste sazonal.

    No resultado acumulado em doze meses, o índice apresenta estabilidade do nível de preços (0,0%), ao passo que o núcleo da inflação, que desconsiderados os preços de energia e alimentos (itens mais voláteis) atingiu alta de 1,7%.

    Na abertura por classes de despesa, na passagem mensal, destaque para a inflação do grupo de Energia (de -1,3% para 4,3%), contribuindo para a amenização da tendência deflacionista causada pela queda dos preços do petróleo no final de 2014. Cabe salientar que, ainda assim, o grupo exibe deflação de 16,3% no acumulado dos últimos doze meses.

    Dentre os demais segmentos abrangidos pela pesquisa, registraram variações positivas na passagem de abril para maio: Serviços de Transporte (de 0,1% para 0,7%); Mercadorias para Assistência Médica (de 0,1% para 0,4%); Fumo (de 0,0% para 0,4%); Serviços de Assistência Médica (de 0,9% para 0,2%); Habitação (de 0,3% para 0,2%); Novos Veículos (de 0,1% para 0,2%); e Bebidas Alcoólicas (de 0,0% para 0,2%). No sentido contrário, registraram deflação: Vestuário (de -0,3% para -0,5%); e Carros Usados e Caminhões (de 0,6% para -0,4%). Por fim, os preços da classe de Alimentos permaneceram estáveis pelo segundo mês consecutivo (0,0%).

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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