

Banco Central: Atividade econômica surpreende negativamente e fica estagnada em maio
Na manhã de hoje (17/07) o Banco Central divulgou o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que representa uma proxy mensal do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No mês de maio, já descontadas as influências sazonais, manteve-se praticamente estável frente o mês anterior (0,03%). Este resultado surpreendeu negativamente as expectativas do mercado (+0,15%) e do Depecon/FIESP (+0,6%).
A estabilidade do mês atual é explicada pelo avanço de 0,6% da produção industrial do mês de maio (Macro Visão 1721), o qual foi compensado pela retração de 1,8% no volume de vendas do comércio varejista em seu conceito ampliado (Macro Visão 1727).
Já na comparação interanual, o índice apresentou retração de 4,75%, acelerando ante o resultado verificado no mês precedente (-3,24%). No acumulado de janeiro a maio, em relação ao mesmo período do ano anterior, o IBC-Br recuou 2,78%, ao passo que, em doze meses, constatou-se queda de 1,72%.
Apesar de não ter exibido queda no mês atual, a economia brasileira mantém-se arrefecida, de maneira que as perspectivas do PIB brasileiro para o segundo trimestre do ano são de uma nova queda, indicando, assim, recessão técnica já no primeiro semestre do ano.

FIESP: Indústria paulista fecha 27,5 mil vagas em junho
De acordo com os dados divulgados ontem (16/07) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), no mês de junho foram demitidos 27,5 mil trabalhadores na indústria paulista, sendo este o pior resultado para o mês de junho na série iniciada em 2005. Na leitura dos dados com ajuste sazonal, houve uma queda de 1,0% no emprego da indústria em relação ao mês anterior. No ano, o emprego industrial acumula um saldo negativo de 62,5 mil vagas.
Dentre os 22 setores pesquisados, 18 demitiram, 1 contratou e 3 permaneceram estáveis. Destaque para a indústria de veículos automotores, que demitiu cerca de 4,7 mil trabalhadores no mês, seguido pelo segmento de máquinas e equipamentos, que fechou aproximadamente 4,1 mil vagas na leitura atual.
Já na abertura por regiões, dentre as 36 avaliadas pela pesquisa, 30 exibiram contração no nível de emprego, cinco apresentaram alta e apenas uma permaneceu estável. Os destaques positivos foram Matão (0,48%), Presidente Prudente (0,45%) e Santos (0,31%), ao passo que, dentre as variações negativas, os resultados mais expressivos foram constatados em São Carlos (-4,56%), Bauru (-3,30%) e Piracicaba (-2,16%).



EUA: Inflação desacelera em junho
De acordo com os dados divulgados hoje (17/07) pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) dos Estados Unidos, a inflação do país avançou 0,3% na passagem de maio para junho, livre de efeitos sazonais, desacelerando ante o resultado verificado na leitura anterior (0,4%). Vale ressaltar que os Estados Unidos, diferentemente dos dados de inflação no Brasil, divulgam os resultados do CPI com ajuste sazonal.
Já no acumulado em doze meses, verifica-se alta de 0,1% no índice de preços do país, enquanto que o núcleo da inflação, que desconsidera as variações nos preços de energia e alimentos devido sua alta volatilidade, chegou ao patamar de 1,8%.
Dentre as classes de despesa, na passagem mensal, destaque para a inflação registrada pelos preços de Energia (de 4,3% para 1,7%), mas que, em decorrência dos efeitos deflacionistas causados pela queda dos preços do petróleo em meados de 2014, apresenta queda de 15,0% no acumulado em doze meses.
Dentre as demais atividades pesquisadas, também exibiram inflação na passagem de maio para junho: Fumo (de 0,4% para 0,8%); Serviços de Transporte (de 0,7% para 0,4%); Habitação (de 0,2% para 0,3%); Alimentação (de 0,0% para 0,3%); e Novos Veículos (de 0,2% para 0,1%). Em sentido contrário, exibiram deflação no mês atual: Carros Usados e Caminhões (estável em -0,4%); Serviços de Assistência Médica (de 0,2% para -0,2%); Bebidas Alcoólicas (de 0,2% para -0,2%); e Vestuário (de -0,5% para -0,1%). No mais, a classe de Mercadorias para Assistência Médica exibiu estabilidade no mês atual (de 0,4% para 0,0%).
O baixo patamar da inflação atual não é empecilho para a normalização da política monetária americana, dado seus fatores transitórios (principalmente, preços dos combustíveis). A maior vigilância por parte do Banco Central atualmente se concentra no mercado de trabalho, o qual demonstra vigorosa recuperação (a despeito do ainda elevado índice de trabalhadores de meio-período, que cresceu no pós-crise) e com crescimento dos salários, gerando uma maior pressão inflacionaria.

Zona do Euro: Inflação recua para 0,2% em junho
Nesta quinta-feira (16/06) a Eurostat, órgão estatístico da União Europeia, divulgou o resultado do índice de preços ao consumidor (CPI) da Zona do Euro. Conforme o relatório, a inflação na região desacelerou de 0,3% em maio para 0,2% em junho, em termos anualizados. Quando considerado o CPI excluso os impactos de energia (que nos últimos meses sofrem forte influência deflacionista dos preços do petróleo), a inflação chegou a 0,9% no sexto mês do ano.
Os itens que exerceram maior impacto na formação do nível de preços foram os restaurantes e cafés (+0,09p.p.) e tabacos (+0.07p.p.), ao passo que os preços dos combustíveis para transportes (-0,39p.p.) exerceram pressão deflacionista.
Na abertura por países-membros, destaque para a forte queda nos preços apresentados no Chipre (-2,1%) e na Grécia (-1,1%), ao passo que a Espanha saiu da deflação nesta leitura (0,0%, após quatro leituras seguidas de queda nos preços). Por sua vez, Alemanha apresentou forte desaceleração (de 0,7% para 0,1%), ao passo que França (0,3%) e Itália (0,2%) exibiram igual taxa do mês precedente.







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