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Informativo eletrônico - Edição 1933 Quarta-Feira, 01 de junho de 2016
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PIB recua 0,3% no primeiro trimestre
  • Banco Central: Déficit primário sobe para 2,33% em abril

    Dados da Economia Brasileira

  • PIB recua 0,3% no primeiro trimestre

    Segundo dados divulgados hoje (01/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou 0,3% no primeiro trimestre de 2016 (já descontadas as influências sazonais), acima do valor estimado pelo Depecon/Fiesp (-0,9%) e pelo mercado (-0,8%). O resultado completa uma sequência de cinco trimestres consecutivos de retração do PIB brasileiro.

    A retração atual veio mais branda do que a antecipada pelo IBC-Br para o primeiro trimestre do ano em sua proxy mensal do PIB (-1,4%, Macro Visão 1922), porém mantêm o país em recessão, tendo em vista esta ser a quinta retração consecutiva do indicador.

    Pela Ótica da Oferta, a queda da Indústria (-1,2%), setor que não apresenta alta a oito trimestres, é resultado da retração de três subsetores: Extrativa Mineral (-1,1%), Construção Civil (-1,0%) e da Indústria de Transformação (-0,3%), que chegou a decima queda em onze leituras. Por sua vez, a Industria de Serviços Industriais de Utilidade Pública (1,9%) apresentou avanço no período em questão. O resultado apresentado indica uma queda menos acentuada da atividade industrial em relação ao resultado da PIM-PF do IBGE em igual período (-2,3%, Macro Visão 1914).

    Por sua vez, o PIB do setor de Serviços registrou queda de -0,2% no primeiro trimestre do ano, chegando a quinta queda seguida – situação inédita nas Contas Nacionais Trimestrais para este componente. Dentre os subsetores de Serviços, a principal queda foi verificada em setores cíclicos como o Comércio (-1,0%), abaixo do apresentado pela PMC (-3,2%, Macro Visão 1920), e dos Transporte, armazenagem e correio (-0,4%). Com relação a Agropecuária foi observado queda de 0,3% no primeiro trimestre, ante alta de 2,9% no trimestre precedente.

    Pela Ótica da Demanda, o Consumo das Famílias e do Governo apresentaram resultados opostos (-1,7% e 1,1%, respectivamente). Convém ressaltar que o consumo das famílias recua pelo quinto trimestre consecutivo.

    Ainda pela Ótica da Demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou retração de 2,1% na passagem trimestral, sendo esta a décima contração seguida, em linha com a deterioração da confiança do empresariado. Tal resultado já era esperado, tendo em vista a contração da produção de bens de capital (-7,4%), na passagem do último trimestre de 2015 para o primeiro trimestre de 2016 divulgados pela PIM-PF.

    Em se tratando do Setor Externo, observa-se alta de 6,5% no nível das exportações neste primeiro trimestre, bem acima do registrado no trimestre imediatamente anterior (0,1%), ao passo que as importações seguem em retração (-5,6%), influenciada pela recessão doméstica.

    Assim, apesar da queda mais branda neste primeiro trimestre, os dados apresentados ainda indicam deterioração da atividade econômica, com destaque a forte queda do consumo das famílias. Ademais vale pontuar o setor externo que tem impactado positivamente.

    Banco Central: Déficit primário sobe para 2,33% em abril

    O Banco Central divulgou na última terça-feira (31/05), os resultados primários da política fiscal referentes ao mês de abril. De acordo com o relatório, o Setor Público Consolidado (Governo Central, empresas estatais e governos regionais) apresentou um superávit primário de R$10,2 bilhões no quarto mês do ano, período sazonalmente positivo. O Governo Central registrou um superávit de R$8,7 bilhões, os Governos Regionais de R$1,6 bilhão e as Empresas Estatais apresentaram um déficit de R$131 milhões.

    Até o momento, no ano de 2016 o superávit primário acumulado é de R$4,4 bilhões, bem inferior ao apresentado no ano passado (R$32,4 bilhões no primeiro quadrimestre de 2015). Quanto ao acumulado em doze meses, registrou-se déficit primário de R$139,3 bilhões (2,33% do PIB), 0,05 p.p do PIB superior ao valor observado em março.

    Com relação ao resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, houve um déficit de R$13,2 bilhões em abril. No ano, o déficit nominal soma R$104,3 bilhões, comparado ao déficit de R$113,6 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado de doze meses, o déficit nominal alcançou R$603,7 bilhões (10,08 do PIB), elevando-se 0,37 p.p do PIB em relação ao valor registrado em março.

    Por fim, a Dívida Líquida do setor público alcançou o montante de R$ 2,36 trilhões (39,4% do PIB) em abril, elevando-se 0,5 p.p do PIB ante o mês anterior. Já a Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais), alcançou R$ 4,04 trilhões em abril (67,5% do PIB), elevando-se 0,3 p.p do PIB em relação ao mês anterior.

     
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