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Informativo eletrônico - Edição 1944 Quinta-Feira, 16 de junho de 2016
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Fiesp/CNI: Índice de Confiança do industrial paulista registra melhora em junho
  • Banco Central: Atividade econômica fica praticamente estável em abril

    Economia Internacional

  • EUA: FOMC mantêm taxa de juros inalterada
  • Reino Unido: BoE mantém a taxa de juros do país em 0,5%

    Dados da Economia Brasileira

  • FIESP/CNI: Índice de Confiança do industrial paulista registra melhora em junho

    Foi divulgado na tarde de ontem (16/06), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). De acordo com a publicação, o índice atingiu o patamar de 45,7 pontos no mês de junho, 4,4 pontos acima do registrado no mês anterior (41,3 pontos), no entanto, ainda bem abaixo do nível de estabilidade (50,0 pontos).

    A FIESP/CNI também divulgou ontem (16/06) o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP). Segundo o relatório, o indicador chegou a 44,5 pontos em maio, ante 39,1 pontos em maio, também abaixo estabilidade (50,0 pontos) e de sua média histórica (49,9 pontos). Com este resultado, o indicador chega ao seu trigésimo terceiro mês em quadro de pessimismo.

    Dentre os componentes avaliados no ICEI-SP, o indicador de condições atuais registrou 34,8 pontos em junho, após atingir 29,0 pontos no mês passado. Por sua vez, o indicador de expectativas para os próximos seis meses subiu de 44,2 para 49,8 pontos.

    Mesmo diante de um quadro que registra melhoras na comparação com maio, o resultado do ICEI-SP ainda demostra pessimismo nas condições atuais e nas futuras, dado o patamar ainda deprimido do índice.

    Banco Central: Atividade econômica fica praticamente estável em abril

    Hoje (16/06) o Banco Central divulgo seu Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador equivalente a uma proxy mensal do PIB. De acordo com a publicação, a atividade econômica brasileira aumentou 0,03% em abril, ante queda de 0,36% no mês anterior, já expurgados os efeitos sazonais. Tal resultado ocorre após quinze meses em retração e vem próximo ao projetado pelo Depecon/FIESP (-0,03%).

    No acumulado dos últimos 12 meses o índice apresenta queda de 5,35%, enquanto que em 2016 já chega a 6,46%.

    A estabilidade na passagem mensal reflete a evolução distinta de alguns indicadores, com recuo das vendas no varejo (-1,4%, Macro Visão 1942), alta da produção industrial (0,1%, Macro Visão 1934) e desaceleração da queda do setor de serviços. Deve-se pontuar que há uma gradual melhora nos indicadores de confiança.

    Em suma, ainda não é possível falar em reversão do quadro recessivo da economia brasileira, mas o resultado de abril sugere que esta reversão pode estar próxima, tendo a economia brasileira chego praticamente ao "fundo do poço".

    EUA: FOMC mantêm taxa de juros inalterada

    Em decisão unanime, o Federal Open Market Committee (FOMC) dos Estados Unidos, em reunião finalizada ontem (15/06) manteve a taxa de juros (federal funds rate) inalterada, entre 0,25% e 0,50%.

    Apesar do consumo privado ter aumentado em relação ao primeiro trimestre, o ritmo mais fraco de geração de empregos, da atividade econômica, e a redução das exportações impactaram na decisão. Além disso, a inflação persiste abaixo da meta estipulada pelo Fed (2,0%) refletindo, em parte, a queda dos preços de energia.

    Também foram divulgadas as novas projeções para a economia norte-americana, as quais apresentam um menor crescimento para o PIB de 2016, cuja mediana chegou a 2,0% e uma melhora gradual para 2017. Por sua vez, projeta-se baixa taxa de desemprego para este e o próximo ano (mediana de 4,6 e 4,5%, respectivamente). Com relação a tendência da curva de juros, estima-se que não haja grandes elevações este ano, com ações mais cautelosas por parte do comitê.

    É importante pontuar que os membros do Fed reduziram as projeções dos juros para 2017 e 2018, em linha com uma cautela maior da elevação, sobretudo mediante ao cenário de incertezas quanto ao resultado do Brexit – referendo que avaliará a saída do Reino Unido da União Europeia – que será realizado no próximo dia 23 de junho.

    Ainda assim, a presidente do Fed, Janet Yellen ressaltou que uma alta dos juros em julho não é descartável, caso os resultados dos indicadores econômicos fiquem em linha com o esperado, embora tal elevação seja considerada improvável por grande parte do mercado.

    Reino Unido: BoE mantém a taxa de juros do país em 0,5%

    Nesta manhã (16/06), o Bank of England (BOE) divulgou o relatório da reunião do The Bank of England's Monetary Policy Committee (MPC), com as principais decisões tomadas em relação as políticas econômicas que serão adotadas pelo país. De acordo com a publicação, a instituição decidiu por unanimidade manter a taxa de juros em 0,5%, além de manter o estoque de ativos adquiridos financiados pela emissão de reservas do banco central em £ 375 bilhões, o chamado Quantitative Easing (QE), uma política monetária não convencional que vem sendo adotada também pelo Banco Central Europei (ECB) e o Banco do Japão (BoJ).

    Essas medidas visam atingir a meta de inflação em 2,0%, além de sustentar o crescimento econômico e a taxa de emprego no país neste período de estabilização. Quanto a inflação em doze meses, o mês de maio registrou 0,3%, permanecendo bem abaixo da meta de 2,0%. Tal hiato está relacionado principalmente aos preços de energia e alimentos.

    O MPC apresentou também a mais recente e detalhada avaliação das perspectivas econômicas no relatório. De acordo com o relatório, o crescimento dos principais parceiros comerciais do Reino Unido deverá continuar a um ritmo modesto durante os próximos três anos. Na China e em outros mercados emergentes, as perspectivas para a atividade registraram poucas mudanças e os riscos de médio prazo permanecem com perspectivas negativas. Quanto aos preços das commodities, houve aumento no mês de maio, em particular no preço do petróleo, que registrou um aumento de 10%.

    Finalizando, a publicação ainda aponto alguns impactos que poderão ocorrer com uma eventual saída do Reino Unido da UE, (o chamado Brexit, cujo referendo é dia 23 de junho) que segundo o comitê, poderia alterar significativamente as perspectivas para a produção e inflação da ilha britânica, e consequentemente, impactar na definição adequada da política monetária. Famílias poderiam adiar o consumo e as empresas atrasar o investimento, diminuindo a procura de trabalho e causando um aumento no desemprego, além de afetar tanto a ótica da demanda e da oferta no país, tendo riscos de repercussões adversas para a economia global como um todo. Diante de tal cenário, caso o referendo opte pela saída do país, o MPC afirma que tomará todas as medidas necessárias para assegurar que as expectativas de inflação permaneçam bem ancoradas e atinja a meta mais apropriada no longo prazo.

    Cabe ressaltar que as projeções apresentadas pelo MPC estão condicionadas a continuidade do país na União Europeia. O referendo que irá decidir o futuro do país ocorrerá nas próximas semanas e tem atraído os holofotes do mundo inteiro tanto pelas pesquisas que apontam uma margem muito estreita no percentual dos que optam pela saída ou a permanecia do país na UE, quanto pelos impactos que poderá causar em todo o mundo caso a maioria opte por sua saída.

     
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