Informativo eletrônico - Edição 2158 Segunda-Feira, 15 de maio de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Mercado segue diminuindo projeções para IPCA
  • Banco Central: Atividade econômica registra trimestre positivo após dois anos
Economia Internacional
  • OCDE: Taxa de desemprego fica em 6,0% em março
  • EUA: Inflação desacelera em abril

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira



Focus: Mercado segue diminuindo projeções para IPCA

Na manhã de hoje (15/05) o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, a mediana das projeções do mercado para o PIB de 2017 cresceu moderadamente pela quarta semana seguida, passando de 0,47% para 0,50%. Para 2018, o crescimento se manteve em 2,50% pela oitava semana em sequência.


As projeções para o IPCA de 2017 foram reduzidas pela 10ª semana seguida, chegando a 3,93% ante 4,01% da semana passada. Para 2018, a expectativa da taxa de inflação diminuiu de 4,39% para 4,36%.


No que tange a taxa Selic para o fim deste ano, o mercado manteve suas projeções em 8,50% pela quinta semana consecutiva. Esta é a mesma taxa esperada para o ano que vem, que está há oito semanas inalterada. Quanto à taxa de câmbio, o projetado para 2017 e 2018 tomaram sentido inversos: enquanto que para o primeiro ano o câmbio esperado passou de R$/US$ 3,23 para R$/US$ 3,25, para o último foi reduzido de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,36.


O boletim registrou a oitava revisão altista para o setor externo, com as estimativas da balança comercial de 2017 alcançando US$ 55,15 bilhões, ante US$ 53,30 bilhões da semana passada. Crescimento também foi observado para as projeções de 2018, que de forma mais moderada, passou de US$ 42,30 bilhões para US$ 42,99 bilhões. No que diz respeito ao déficit em conta corrente, o esperado para 2017 diminuiu de US$ 25,62 bilhões para US$ 24,66 bilhões. Já para 2018, o crescimento observado nas projeções do déficit foi pequeno, de US$ 36,59 bilhões para US$ 37,00 bilhões.

Por fim, as projeções para a produção industrial de 2017 voltaram a cair, depois de apresentar elevação nas últimas 4 semanas, passando de 1,49% para 1,25%. Para o ano de 2018, pela terceira semana seguida, a expectativa se manteve em crescimento de 2,50%.


Banco Central: Atividade econômica registra trimestre positivo após dois anos

Na manhã desta segunda-feira (15/05) o Banco Central divulgou seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador equivalente a uma proxy mensal do PIB. No mês de março houve uma queda de 0,44% na atividade econômica brasileira, já descontadas as influências sazonais, não anulando a alta de 1,37% verificada na leitura anterior.

No acumulado dos últimos 12 meses o índice apresentou queda de 2,63%, enquanto que no ano de 2017 o IBCB-Br mostra elevação de 0,29%.


A variação mensal reflete a evolução negativa da produção industrial (-1,8%, Macro Visão 2150), além da queda nas vendas no varejo (-1,9%, Macro Visão 2156), e no volume de serviços (-2,3%, Macro Visão 2157).

No fechamento do primeiro trimestre, em função dos resultados positivos dos meses de janeiro e fevereiro, o indicador registra alta de 1,12%, contra uma contração de 0,16% apresentada no último trimestre do ano que passou. Vale ressaltar que esse resultado trimestral quebra uma sequência negativa de oito trimestre, que vinha sendo registrada desde o primeiro trimestre de 2015. A leitura reforça as expectativas de crescimento do PIB neste primeiro trimestre de 2017.



 

OCDE: Taxa de desemprego fica em 6,0% em março

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou na última quinta-feira (11/05) a Taxa de Desemprego Harmonizada (HUR, na sigla em inglês) referente ao mês de março para os países-membros da organização. A taxa de desemprego da OCDE registrou ligeira queda e atingiu o patamar de 6,0% no terceiro mês do ano. Como um todo, a área da OCDE apresentou 37,5 milhões de pessoas desempregadas, número que é 4,9 milhões superior a abril de 2008, antes da crise.

Na abertura por países e blocos membros da OCDE, a taxa de desemprego ficou estável na Zona do Euro em março (9,5%). Houve queda de 0,2 p.p. ou mais na Letônia (9,0%), Irlanda (6,4%), Holanda (5,1%), Eslováquia (8,4%) e Eslovênia (7,6%). Em contrapartida, a taxa de desemprego registrou alta de 0,2 p.p. na Áustria (5,9%) e na Itália (11,7%).

No que diz respeito a países fora da Europa, nos Estados Unidos a taxa de desemprego recuou 0,2 p.p. (4,5%), na Coréia caiu 0,3 p.p. (3,7%). Já no Canadá aumentou 0,1 p.p. (6,7%) e se manteve estável no Japão (2,8%).

Finalizando, o relatório também fez menção a taxa de desemprego da OCDE entre os jovens (15-24 anos), em março essa taxa atingiu o patamar de 12,1%, uma queda de 0,2 p.p. Assim, mantem-se a tendência descendente que vem sendo observada nos últimos meses, sendo que esse resultado supera o patamar pré-crise em apenas 0,1p.p.



EUA: Inflação desacelera em abril

Na última sexta-feira (12/05), a Bureau of Labor Statistics (BLS) divulgou seu Índice de Preços ao Consumidor (CPI) referente ao mês de abril. A taxa de inflação mensal apresentada na publicação ficou em 0,2% ante deflação de 0,3% em março. Para a inflação acumulada em 12 meses, a taxa desacelerou em relação à última publicação, passando de 2,4% para 2,2%. Mesmo com esta queda na taxa acumulada, a taxa anualizada continua bem acima da taxa média dos últimos dez anos, de 1,7%.

Entre os que mais contribuíram para esta leitura mensal, destaque para o grupo de Energia, que cresceu em 1,1% em relação a março e acumula, assim, uma alta de 9,3% em seu nível de preços para os últimos 12 meses.

O resultado do núcleo da inflação, que exclui os preços de energia e alimentação, variou apenas 0,1% na passagem mensal, atingindo 1,9% em sua taxa acumulada nos últimos 12 meses. Mesmo com a grande maioria dos grupos que compõem o índice apresentando deflação em abril, a influência do grupo de Habitação, com um crescimento de 0,3% em relação a março e forte peso no cálculo geral, e do grupo de Tabaco, variando em 4,2% no mês, contribuíram para a aceleração da taxa no mês.

 



Macro Visão é uma publicação da:
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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