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Informativo eletrônico - Edição 1660 Terça-Feira, 31 de março de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Confiança da indústria registra queda de 9,2% em março
  • IPP da Indústria de Transformação cresce 0,26% em fevereiro

    Economia Internacional

  • Zona do Euro: Taxa de desemprego volta a recuar em fevereiro
  • Reino Unido: Variação do PIB de 2014 é revisada para 2,8%

    Dados da Economia Brasileira

  • Confiança da indústria registra queda de 9,2% em março

    Nesta manhã (31/03), a FGV apresentou a leitura final de seu Índice de Confiança da Indústria (ICI). Segundo a publicação, na passagem de fevereiro para março, o ICI registrou queda de 9,2%, após ajuste sazonal, superando as perdas já verificadas no mês anterior (3,4%). O indicador passou de 83,0 para 75,4 pontos, registrando o mais baixo patamar desde janeiro de 2009, no auge da crise mundial. O resultado ainda superou as perdas divulgadas na prévia do dia 24/03 (Macro Visão 1655), quando se relatou retração de 8,2% na confiança.

    O Indicador de Situação Atual (ISA) recuou 10,4% (de 75,3 para 70,4 pontos), puxado pela piora no subíndice que mensura a satisfação da demanda (-16,4%), bem como o aumento da participação dos empresários que relatam como ruim a situação atual dos negócios (26,9% para 35,3%).

    Já o Índice de Expectativas (IE) apresentou queda em 7,8% neste terceiro mês do ano, atingindo 75,5 pontos. O determinante para o resultado negativo do IE foi a queda no otimismo quanto à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes (-12,5%), além do aumento da proporção das empresas que esperam um desaquecimento nos negócios (de 22,9% para 35,9%).

    De acordo com os economistas da FGV, o setor apresenta níveis de confiança tão deprimidos quanto o período do auge da crise financeira internacional de 2008, sendo apenas os ganhos de competitividade com a desvalorização atual do câmbio uma válvula de escape para compensar em parte o cenário doméstico desfavorável.

    IPP da Indústria de Transformação cresce 0,26% em fevereiro

    O Índice de Preços ao Produtor (IPP) da Indústria de Transformação apresentou variação de 0,26% em fevereiro de 2015, de acordo com dados divulgados hoje (31/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostra aceleração frente a estabilidade apresentada em janeiro (0,02%), mas situa-se abaixo do resultado de fevereiro de 2014 (0,52%). No acumulado em 12 meses, a variação foi de 2,74%, abaixo dos 3,01% verificado em janeiro. O IPP realiza a medição do preço dos produtos sem impostos e fretes, na porta da fábrica.

    Dos 23 grupos de preços, 17 apresentaram variações positivas. As quatro maiores variações foram: Atividades de Fumo (4,92%), Outros equipamentos de transporte (4,43%), Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (4,11%) e Calçados e Artigos de Couro (3,91%). Em termos de impactos na formação do índice geral, destaque para a contribuição negativa das atividades de Outros Produtos Químicos ( -0,33 p.p.) e Refino de petróleo e produtos de álcool (-0,27 p.p.). No sentido oposto, temos Alimentos (0,20 p.p.) e Papel e Celulose (0,10 p.p.).

    Por fim, em doze meses, destaque para a inflação acumulada em Outros equipamentos de Transporte (14,50%), Fumo (13,84%), Calçados e artigos de couro (10,97%) e Papel e Celulose (10,36%).

    Zona do Euro: Taxa de desemprego volta a recuar em fevereiro

    Na manhã de hoje (31/03) o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou a taxa de desemprego da Zona do Euro referente ao mês de março. De acordo com a publicação, livre de efeitos sazonais, a taxa de desocupação chegou a 11,3% na passagem de janeiro para fevereiro, ante 11,4% no mês anterior. Para fins de comparação, no mesmo mês de 2014, a taxa de desemprego da região foi de 11,8%. Dessa maneira, estima-se que o número de pessoas desempregadas na Zona do Euro, na passagem mensal, tenha diminuído em cerca de 49 mil.

    Na abertura dos países da Zona do Euro, os resultados mais expressivos foram verificados na Espanha (23,2%), Chipre (16,3%) e Portugal (14,1%). Já os países-membros que registraram as menores taxas de desemprego foram Alemanha (4,8%), Áustria (5,3%) e Luxemburgo (5,8%). França e Itália, duas importantes economias da região, apresentaram taxas de 10,6% e 12,7%, respectivamente. Vale salientar que a Grécia tem apresentado as mais significativas taxas de desocupação da região, entretanto, sua última leitura disponível é em relação ao mês de dezembro (26,0%).

    O Eurostat também divulgou hoje (31/03) a prévia de seu índice de preços ao consumidor relativo à Zona do Euro. Segundo a leitura, no acumulado em doze meses findos em março, constatou-se deflação de 0,1%, exibindo menor deflação do que aquela verificada no mês imediatamente anterior (-0,3%).

    Na divisão por grupos, destaque para a menor deflação no grupo de Energia no resultado acumulado em doze meses (de -7,9% em fevereiro para -5,8% em março), cuja queda nos preços tem sido reflexo da redução do preço internacional do petróleo nos últimos meses. Os Bens Industriais Não-Energéticos, por sua vez, mantiveram a mesma deflação do mês anterior (-0,1%). Por outro lado, o grupo de Alimentos, Bebidas e Fumo exibiu aceleração de sua inflação, passando de 0,5% em fevereiro para 0,6% em março. Por fim, o grupo de Serviços registrou inflação de 1,0% na passagem mensal, desacelerando frente o resultado do mês imediatamente anterior (1,2%).

    Reino Unido: Variação do PIB de 2014 é revisada para 2,8%

    O Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do Reino Unido divulgou hoje (31/03) a terceira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao ano de 2014. Segundo a publicação, o PIB do país exibiu alta de 2,8% na passagem anual, 0,2 p.p. acima do estimado na leitura anterior (Macro Visão 1638). Em se tratando dos resultados trimestrais, descontados os efeitos sazonais, os resultados foram: 0,9% no primeiro trimestre; 0,8% no segundo; 0,6% no terceiro e 0,6% no quarto trimestre.

    Dentre os quatro grandes setores da economia, destaque para o setor de Serviços, que registrou avanço de 3,0% em 2014, ante 1,9% em 2013. Assim, tal setor aferiu a principal contribuição positiva para o PIB do país no ano (2,4 p.p.).

    O setor de Construção apresentou a alta mais expressiva em 2014 (7,4%), acelerando fortemente frente o resultado de 2013 (1,4%). Apesar da expansão, a contribuição do setor de construção foi de apenas 0,4 p.p. no ano.

    O valor agregado no setor de Agricultura, Silvicultura e Pesca aumentou em 2,8% no ano de 2014, ante taxa de crescimento de 1,5% no ano anterior. Apesar do avanço, o setor praticamente não exibiu contribuição para o resultado do PIB britânico (0,0 p.p.).

    Sua contribuição atual no resultado geral foi de 0,2 p.p. Dentre os quatro subsetores industriais, dois registraram alta no período em questão, sendo eles: Indústria de Transformação (2,9%) e SIUP (0,2%). O setor extrativo, por outro lado, recuou 0,6% no ano, enquanto que o setor de Energia e Gás apresentou queda de 5,5% em 2014.

    No panorama geral, a recuperação da economia britânica está fortemente baseada no setor de serviços, mantendo uma trajetória de avanços consistentes. Entretanto, para 2015, segundo as projeções da OCDE, o PIB do país deverá crescer apenas 2,6% em 2015, desacelerando para 2,5% em 2016 (Macro Visão 1652).

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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