

Banco Central: Atividade econômica recua no segundo trimestre
Na manhã de hoje (19/08) o Banco Central divulgou o resultado do seu Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerada como proxy mensal do PIB. Segundo a publicação, a atividade do país recuou 0,58% na passagem de maio para junho, após ajustes sazonais, perfeitamente em linha com o projetado pelo Depecon/FIESP (0,58%) e do projetado pelo mercado (0,56%). A leitura vem após a estabilidade de maio (0,06%) e a retração de abril (-0,97%).

O resultado atual reflete a queda em junho tanto da produção industrial (-0,3%, Macro Visão 1742) quanto do comércio varejista em seu conceito ampliado (-0,8%, Macro Visão 1748), ambas as pesquisas mostrando forte perda na produção e venda de veículos automotores.
Com o resultado do sexto mês, o IBC-Br registrou queda de 1,89% no segundo trimestre do ano, diante dos três primeiros meses (em linha com a projeção do Depecon/FIESP de -1,84%), completando o terceiro trimestre seguido de retração da atividade econômica e confirmando a recessão enfrentada pela economia brasileira. Tal retração já era aguardada, dado a oitava queda na produção industrial trimestral nesse segundo trimestre (-2,1%) e da segunda nas vendas no varejo ampliado (-3,5%).

Em suma, a queda da atividade econômica de abril a junho confirma a expectativa de nova retração do PIB brasileiro no período, que, por hora, acreditamos ser a mais intensa do ano, sofrendo forte influência da queda na indústria (principalmente a de transformação) e do setor de serviços (confirmado pela piora da receita do setor – Macro Visão 1752 – e, principalmente, pelo fraco desempenho do comércio varejista).
FGV: Indicador antecedente da economia brasileira exibe nova contração em julho
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o The Conference Board divulgaram ontem (18/08) o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) do Brasil. No mês de julho o indicador exibiu contração de 0,8%, acelerando em relação aos resultados negativos dos meses de junho (-0,6%) e maio (-0,1%). Esse é a nona contração consecutiva do indicador na base comparativa mensal, sendo que, na abertura dos componentes do índice, as principais contribuições negativas advêm dos índices de expectativas das sondagens de serviços e do consumidor, juntamente com o Ibovespa e o índice de quantum de exportações. Vale salientar que o IACE busca antecipar períodos de crescimento ou estagnação da economia brasileira.
Também foi divulgado ontem (18/08) pela FGV e pelo The Conference Board o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), o qual mensura a atividade econômica atual do Brasil. Na leitura atual, o indicador avançou 0,4% em relação ao mês anterior, compensando a retração de 0,1% registrada na leitura precedente. Todos os seis componentes do indicador contribuíram positivamente no mês atual.
De acordo com economista da FGV, o IACE mantém sua trajetória declinante iniciada em meados de 2013, não indicando, no curto prazo, uma recuperação da atividade econômica do país. No mais, apesar do avanço no mês atual, os níveis dos componentes do ICCE permanecem baixos, indicando que o país ainda permanece em fase recessiva.




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