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Informativo eletrônico - Edição 1670 Quarta-Feira, 15 de abril de 2015
 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBC-Br surpreendente e avança 0,36% em fevereiro
  • IGP-10 acelera e cresce 1,27% em abril

    Economia Internacional

  • FMI: Projeção do PIB brasileiro em 2015 é revisada para -1,0%
  • China: PIB avança 7,0% no primeiro trimestre de 2015

    Dados da Economia Brasileira

  • IBC-Br surpreendente e avança 0,36% em fevereiro

    Na manhã de hoje (15/04) o Banco Central exibiu o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), proxy mensal do PIB. Segundo a publicação, livre de efeitos sazonais, em fevereiro o índice exibiu avanço de 0,36%, sinalizando melhora frente a queda de 0,11% registrada no mês anterior. O resultado apresentado surpreendeu positivamente, levando em consideração as projeções do DEPECON/FIESP (-0,3%) e a média do mercado (-0,2%).

    A surpresa do resultado vem do fato de tanto o volume de vendas do comércio varejista em seu conceito ampliado (-1,1% - Macro visão 1669), quanto a produção industrial (-0,9% - Macro Visão 1661) terem recuado no mês em referência.

    Ao se comparar com o mês de fevereiro de 2014, o IBC-Br registrou queda de 3,16%, mostrando uma piora significativa ante o verificado no mês de janeiro (-1,75%). No acumulado dos doze meses encerrados em fevereiro, foi verificado retração de 0,97%. Já se tratando do ano, o índice registra diminuição de 2,45% neste primeiro bimestre, diante de igual período do ano anterior.

    Por fim, a despeito da surpresa mensal, o índice acumula perdas neste início de ano, podendo fechar o primeiro trimestre em queda e sinalizando uma possível retração do PIB nos primeiros três meses do ano.

    IGP-10 acelera e cresce 1,27% em abril

    Conforme os dados divulgados hoje (15/04), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de abril mostrou avanço de 1,27%, superando o resultado de março (0,83%) e de abril de 2014 (1,19%). Em sua variação acumulada em 12 meses, o índice atingiu alta de 3,46%. A aceleração se deu por contato dos preços ao produtor, sobretudo, o industrial. O índice trata dos dados coletados do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês de referência.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) – que tem participação relativo a 60% do IGP-10 – sinalizou variação de 1,45% no mês em questão, aceleração frente ao resultado do mês anterior (0,75%). Na abertura por estágio de processamento, a categoria de Bens Finais (de 1,17% para 0,72%) exibiu desaceleração, sendo impactada pelo desempenho do subgrupo Alimentos in Natura (de 8,14% para 0,51%). Já o nível de preço dos Bens Intermediários avançou 1,51% em abril, após alta de 0,24% no mês de março, com destaque para os preços de materiais e componentes para a manufatura (de 0,16% para 1,62%). Para o grupo de Matérias-Primas Brutas (de 0,88% para 2,31%), destaque altista para os seguintes itens: grão de soja (de 4,29 para 7,40%), bovinos (-0,36% para 1,51%) e minério de ferro (-0,47% para 2,08%).

    Na abertura do IPA-10 por origem de processamento, avalia-se que o resultado de abril é impactado pelos preços dos produtos agropecuários (de 2,03% para 2,10%), embora em desaceleração, e principalmente pelo maior ritmo de crescimento dos preços dos produtos industriais (de 0,26% para 1,20%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) – que compõe 30% do índice – exibiu desaceleração na passagem de março para este mês (de 1,29% para 1,01%). Tal movimento é explicado pela menor inflação em seis das oito classes de despesa que compõem o indicador, a saber: Transportes (2,14% para 0,28%); Alimentação (de 1,12% para 0,88%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para 0,22%), Despesas Diversas (de 0,94% para 0,63%); Comunicação (0,02% para -0,04%) e Vestuário (0,06% para -0,37%), tendo esta última classe apresentado deflação. Por outro lado, temos acréscimos em Habitação (2,03% para 2,51%) com aumento no nível da tarifa de eletricidade residencial (9,54% para 13,83%), e Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,88%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC-10) – corresponde por 10% do IGP-10 – registrou elevação em abril (de 0,24% para 0,69%). Dentre os seus subíndices, verificou-se aceleração tanto nos custos de Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,35% para 0,86%) como também nos custos de Mão de Obra (de 0,14 % para 0,53%).

    FMI: Projeção do PIB brasileiro em 2015 é revisada para -1,0%

    Ontem (14/04) o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou suas novas projeções para o crescimento mundial através do seu Panorama Econômico Mundial (World Economic Outlook), atualizando os dados divulgados no mês de janeiro (Macro Visão 1613). Em se tratando do Brasil, nota-se uma expressiva revisão baixista para o PIB de 2015 (de 0,3% para -1,0%), mantendo-se em linha com a mediana das projeções analisadas pelo relatório FOCUS (Macro Visão 1688). Tal revisão reflete o cenário predominantemente negativo do país, com aumento das taxas de juros e inflação, além das quedas expressivas nos índices de confiança do país.

    No que tange às projeções realizadas para os países emergentes, espera-se que em 2015 e 2016 exista crescimento médio de 4,3% e 4,7%, respectivamente. Dentre as principais economias desse grupo, destaque para China, cuja expectativa de crescimento manteve-se em 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016, mesmos níveis estimados em janeiro. A Rússia, por sua vez, passou por nova revisão da variação de seu PIB para 2015, passando de -3,0% para -3,8%, refletindo o impacto negativo das sanções econômicas, dos conflitos geopolíticos e a queda dos preços do petróleo para o país. Projeta-se retração de 1,1% para a economia russa em 2016.

    Em se tratando dos países desenvolvidos, a projeção é de que avancem, em média, 2,4% tanto em 2015 quanto em 2016. Para a economia dos Estados Unidos, o FMI projeta crescimento de 3,1% para os anos de 2015 e 2016, existindo revisão baixista frente as projeções de janeiro (3,6% e 3,3%, respectivamente).

    A Zona do Euro, por sua vez, registrou avanço das estimativas tanto para 2015 (de 1,2% para 1,5%) quanto para 2016 (de 1,4% para 1,7%), em linha com a recuperação econômica da região.

    Por fim, a projeção para o crescimento mundial em 2015 permaneceu no mesmo nível de janeiro (3,5%), acelerando frente o resultado constatado em 2014 (3,4%). Apesar do recente arrefecimento econômico das economias emergentes e da dificuldade de recuperação das economias desenvolvidas, a perspectiva é de que a economia mundial mantenha uma tendência positiva de crescimento, tendo em vista que, para 2016, espera-se aceleração de seu nível de crescimento (3,8%).

    China: PIB avança 7,0% no primeiro trimestre de 2015

    Hoje (15/04) o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS) da China divulgou a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do país para o primeiro trimestre de 2015. De acordo com a publicação, o PIB trimestral exibiu avanço de 7,0%, a taxas anualizadas. Na comparação com o trimestre anterior, verificou-se alta de 1,3% na margem, já descontados os efeitos sazonais, exibindo desaceleração frente a última leitura trimestral (1,5%).

    No que tange ao setor industrial do país, verificou-se alta de 6,4% no valor adicionado do setor, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ainda na métrica interanual, destaque para a indústria de transformação, que avançou 7,2% no período. A indústria extrativa, por sua vez, registrou crescimento de 3,2% em seu valor adicionado, enquanto que os serviços industriais de utilidade pública (SIUP) avançaram 2,3%, na mesma base comparativa.

    Em se tratando dos investimentos em ativos fixos, foi constatado crescimento real de 14,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Na base interanual, o investimento na indústria primária avançou 32,8%, enquanto a indústria secundária exibiu crescimento de 11,0% e a indústria terciária cresceu 14,7%.

    No que se refere ao setor externo, destaque para as exportações, que avançaram 4,9% no primeiro trimestre do ano, enquanto as importações recuaram 17,3%. Entretanto, vale salientar que a expressiva queda das importações, apesar de contribuir para o crescimento do superávit comercial, ocasionou queda de 6,0% no valor total do fluxo de comércio do país.

    Apesar do recente arrefecimento da economia chinesa, os níveis de emprego, preços ao consumidor e expectativas do mercado mantiveram-se estáveis. Dessa forma, apesar das dificuldades enfrentadas pelo país, tais como a reestruturação da indústria e do setor imobiliário, espera-se que tais efeitos negativos sejam minimizados através de estímulos monetários.

     
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