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Informativo eletrônico - Edição 1715 Quarta-Feira, 24 de junho de 2015
 

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FGV: Confiança da Indústria recua pelo quinto mês seguido
  • FIESP/CNI: Produção industrial paulista mantém ritmo contracionista no mês de maio

    Economia Internacional

  • EUA: Terceira estimativa reduz queda do PIB americano no primeiro trimestre
  • Alemanha: Índice de Clima de Negócios recua em junho

    Dados da Economia Brasileira

  • FGV: Confiança da Indústria recua pelo quinto mês seguido

    Na manhã desta quarta-feira (24/06), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou a prévia do Índice de Confiança da indústria (ICI) para o sexto mês do ano. Nesta leitura o ICI registrou queda de 4,7% na passagem de maio para junho, após ajustes sazonais, atingindo 68,2 pontos. Assim, o índice chega a quinta queda consecutiva, além de mostrar retração mais intensa em relação a leitura precedente (-1,6% em maio). Este é o patamar mais baixo da série mensal, iniciada em outubro de 2005.

    A explicação para a retração em junho, decorre do declínio dos dois principais índices que compõe o ICI. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou forte queda no mês (-5,4%), chegando ao pior desde outubro de 2005 (70,6 pontos), ao passo que o Índice de Expectativas (IE) chegou ao seu menor nível ao recuar 4,2% entre maio e junho.

    Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu em 0,3 p.p. no mês ao passar de 79,0% para 78,7%, pior resultado desde abril de 2009 (78,0%).

    FIESP/CNI: Produção industrial paulista mantém ritmo contracionista no mês de maio

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem (23/06) a Sondagem Industrial para o mês de maio. De acordo com a publicação, o índice relativo à produção continua apresentando retração (41,7 pontos), mas em menor intensidade do que o verificado no mês precedente (39,7 pontos). Vale salientar que a série não possui ajuste sazonal.

    A FIESP/CNI também divulgou ontem (23/06) a Sondagem Industrial do Estado de São Paulo. Em maio, a produção industrial paulista voltou a recuar, embora em igual intensidade ao verificado no mês anterior (seu índice permaneceu em 38,2 pontos nesta leitura). O índice mantém-se abaixo de sua média histórica (47,2 pontos), além de não sinalizar crescimento (acima dos 50,0 pontos) nos últimos dezenove meses.

    A Utilização da Capacidade Instalada (UCI efetiva/usual), por sua vez, exibiu maior do ritmo de queda (de 31,1 para 29,2 pontos), enquanto os estoques de produtos finais passaram de 51,4 pontos em abril para 52,7 pontos, indicando novo acumulo neste último mês de maio.

    Quanto a evolução do número de empregados, o índice exibiu queda de 2,1 pontos em maio, sinalizando aumento no fechamento de vagas nas empresas industriais paulistas (de 41,4 pontos para 39,3 pontos).

    Já em se tratando dos índices de expectativas para os próximos seis meses, foram registradas novas contrações em todos os quatro indicadores que são acompanhados, frente ao mês anterior.

    De maneira geral, a indústria paulista permanece em cenário contracionista no quinto mês do ano, análise que é corroborada tanto pelos índices de situação atual e pelos índices de expectativas para os próximos seis. O setor, de uma forma geral e em maior intensidade em São Paulo, permanece com tendência contracionista e sem perspectivas de melhora no curto prazo.

    EUA: Terceira estimativa reduz queda do PIB americano no primeiro trimestre

    Na manhã de hoje (24/06) o BEA (Bureau of Economic Analysis) divulgou a terceira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. No primeiro trimestre do ano, já descontadas as influências sazonais, a taxa de variação do PIB americano foi revisada para uma retração de 0,2%, a taxas anualizadas, ante contração de 0,7% verificada na segunda estimativa (Macro Visão 1700), mas abaixo do resultado aferido na primeira estimativa (+0,2%). Para fins de comparação, no quarto trimestre de 2014 foi verificada alta de 2,2%.

    Em se tratando da abertura por componentes do PIB, destaque para o Consumo, que registrou contribuição de 1,43 p.p., ante 1,20 p.p. na segunda estimativa. Os Bens Duráveis avançaram 1,3% no período (ante 1,1% na estimativa anterior), ao passo que os Bens Não-Duráveis cresceram cerca de 0,8% (frente 0,1% na segunda estimativa). Já os gastos com Serviços foram revisados de 2,5% para 2,7%. Assim, as Despesas com Consumo Pessoal (ou das Famílias) passaram de 1,8% para 2,1% entre a segunda e a terceira estimativa de crescimento no trimestre.

    A contribuição dos Investimentos Privados (ou FBCF) foi revisada positivamente (de 0,34 p.p. para 0,40 p.p.), de forma que sua taxa de variação chegou a 2,4%, ante 0,7% na estimativa precedente.

    No que tange aos Gastos do Governo, a contribuição negativa foi amenizada na estimativa atual (de -0,20 p.p. para -0,11 p.p.), de maneira que sua variação passou de -1,1% para -0,6%. O resultado atual mostra-se, assim, reflexo da revisão positiva nos gastos estaduais e locais (de -1,8% para -1,0%), em conjunto com uma leve revisão negativa dos gastos federais (de 0,1% para 0,0%).

    A revisão do setor externo não registrou grandes alterações em sua contribuição (de -1,90 p.p. para -1,89 p.p.), uma vez que apesar da amenização do ritmo contracionista das exportações (de -7,6% para -5,9%), as importações também registraram variação positiva no período (de 5,6% para 7,1%).

    De maneira geral, a menor queda do produto americano no primeiro trimestre foi influenciada pela melhora nas estimativas das variáveis Consumo e Investimento. A recuperação do mercado de trabalho (Macro Visão 1703), o aumento das vendas no varejo (Macro Visão 1706), a inflação cujo núcleo encontra-se muito próximo da meta (Macro Visão 1712), além de crescimento do indicador antecedente da economia (Macro Visão 1713) sinalizam uma retomada da economia americana a partir deste segundo trimestre do ano. Certamente a reavaliação do resultado dos primeiros três meses do ano impactará nas decisões do FED quanto a normalização de sua política monetária.

    Alemanha: Índice de Clima de Negócios recua em junho

    Na manhã de hoje (24/06) foi apresentado pelo Instituto Ifo o Índice de Clima de Negócios da Alemanha para o mês de junho. Nesta leitura o índice exibiu recuo ao alcançar a marca de 107,4 pontos, ante 108,5 pontos no mês de maio. O índice reflete a queda nas avaliações quanto a situação atual, que recua após três altas seguidas, além da piora das expectativas de negócios (que completa o terceiro mês de queda e chega a um patamar que indica pouco otimismo).

    Na passagem de maio para junho, o índice relativo a Indústria de Transformação voltou a recuar (de 13,6 para 10,8 pontos), explicada pela redução do otimismo em relação a situação corrente, acompanhada de uma forte deterioração das expectativas de negócios. Por sua vez, os índices de comércio também mostraram redução: Varejo (de 6,9 para 5,6 pontos) e Atacado (de 9,8 para 7,4 pontos), principalmente pela queda das expectativas no primeiro, e pelo recuo da avaliação tanto da situação corrente e das expectativas no segundo. Já no que tange ao clima de negócios da construção, verificou-se o alta na passagem mensal (de -4,8 para -3,8 pontos).

    Por fim, apesar de ainda demonstrar otimismo, a economia alemã mostra a existência de grande incerteza com relação aos próximos meses, a qual é demonstrada pelo comportamento de seu índice de expectativas.

     
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